O Zoo de Lourosa, em Santa Maria da Feira, passou a coordenar um programa internacional de conservação, anunciou a empresa municipal Feira Viva, entidade gestora daquele espaço dedicado a aves.
Os programas em causa “são criados quando há necessidade de se fazer o controlo e acompanhamento mais exaustivo de uma determinada espécie”.
O Zoo de Lourosa assumiu a coordenação de um estudo sobre o ‘Calau de Casco Cinzento’, de que ainda existe pouco conhecimento, nomeadamente sobre o seu habitat natural.
“Estes programas são criados quando há necessidade de se fazer o controlo e acompanhamento mais exaustivo de uma determinada espécie”, explica o comunicado.
Ao nível europeu, há registo da existência de 31 aves desta espécie em cativeiro em 11 zoos, mas poucos têm conseguido a sua reprodução. Uma das exceções foi o Zoo de Lourosa, em 2009 e 2020.
O Zoo de Lourosa integra a associação europeia de zoos e aquários, participando “em diversos” programas internacionais de conservação e reprodução de aves em cativeiro.
Um zoo coordenador tem “a missão” de reunir e partilhar a informação dos zoos membros, bem como efetuar, entre outras tarefas, análises demográficas e genéticas ou elaborar recomendações para a gestão futura da espécie.
Em 2016, o Zoo de Lourosa passou a fazer a coordenação do ESB do Urubu rei (Sarcorhamphus papa). Existem 45 casais desta espécie em zoos de toda a Europa. Lourosa participa atualmente em 39 programas Internacionais de conservação.
O zoo, que é propriedade do município feirense tem na sua coleção sete espécies de Calaus – o Calau de Decken, o Calau bicorne, o Calau enrugado, o Calau de faces prateadas, o Calau terrestre, o Calau rinoceronte e o Calau trompeteiro.
Grande parte das espécies que ingressam no Zoo de Lourosa são o resultado de doações ou trocas com outras instituições zoológicas nacionais ou estrangeiras, sendo que muitas destas espécies participam em programas internacionais de conservação.