Um golo solitário de Diego Tavares, aos 80 minutos, valeu ao Beira-Mar uma vitória apertada, ainda que justificada, na deslocação a Albergaria-a-Velha, esta tarde, em partida antecipada da 11ª jornada.
Posto isto, os aveirenses não vacilam na liderança do principal campeonato distrital, agora com 28 pontos (mantendo ainda um jogo em atraso com o Vista Alegre).
Ao intervalo, o nulo espelhava bem o equilíbrio entre as duas equipas.
O Alba entrou melhor na partida disputada com chuva e vento. Logo aos seis minutos, Marcão teve de travar em falta o imprevisível Tica, vendo cartão amarelo.
Deste lance resultaria um canto, na sequência do qual o central Makukula apareceu livre de marcação na pequena área, desviando de cabeça para as mãos do guarda-redes Maringá.
Os visitantes só deram um ar da sua graça aos 21 minutos. Ricardo Gomes, regressado à equipa, desmarcou Aparício que, na área, deu um passo a mais, atirando a bola às malhas laterais.
O Beira-Mar chegou ao intervalo a conseguir, finalmente, dar melhor forma ao seu futebol habitualmente apoiado, prometendo uma segunda parte de nível superior.
No entanto, o Alba, emblema com raízes na antiga metalúrgica com o mesmo nome, conseguiu prolongar a ‘precisão’ tática evidenciada nos primeiros 45 minutos, com grande envolvimento coletivo, não deixando de pressionar o último reduto forasteiro, ainda que sem ocasiões flagrantes.
Carvalheira e a trave adiaram golo
Aos 55 minutos, André Nogueira, num cruzamento remate da direita, obrigou Carvalheira a um ‘golpe de rins’, desviando a bola para a trave salvadora. O lance de perigo disfarçava alguma incapacidade do Beira-Mar em cumprir a sua obrigação de fazer melhor.
A barra da baliza voltaria a evitar o Alba de sofrer golo, à entrada do último quarto de hora, num livre do meio do meio campo ofensivo aveirense apontado de forma irrepreensível pelo ‘mago’ Artur.
A equipa aurinegra, sem evidenciar a qualidade que já demonstrou, foi pragmática e encontrou forças para evitar o desaire que seria perder pontos.
Numa incursão atacante, os locais desviaram para canto. A bola é colocada na pequena área, onde Diego faz um primeiro remate ‘à queima roupa’. O guarda-redes ainda faz uma defesa incompleta mas o central brasileiro é rápido e não desperdiça segunda vez.
Já na compensações, Alex entrou na área, mas viu, mais uma vez, Carvalheira, impedir golo, desviando com os pés.
O jogo acabaria pouco depois, não sem antes o ex-beiramarense João Paulo obrigar Maringá a defesa apertada, num remate já em desespero.
Declarações
“Estava-se a ver que o jogo iria decidir-se num detalhe. Com muita luta de parte a parte. A união e a força fizeram a diferença. Com mais alma do que futebol, é certo. Mas soubemos criar oportunidades, sobretudo na segunda parte. O grupo está de parabéns” – Cajó (treinador do Beira-Mar).
“Conseguimos equilibrar, acabámos por perder na única falha. O futebol é para quem marcar. Não tenho nada a apontar aos meus jogadores. Acabou por cair para o lado do Beira-Mar” – Hugo Oliveira (treinador do Alba).