Vítimas de violência doméstica em silêncio no julgamento de familiar

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Tribunal de Aveiro.
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Um indivíduo residente em Águeda, que está acusado de submeter a esposa e dois filhos a recorrentes maus tratos quando alcoolizado, ameaçando-os de machado e moto serra, remeteu-se ao silêncio no início do julgamento, esta segunda-feira, no Tribunal de Aveiro.

As vítimas, ouvidas enquanto testemunhas, acabaram também por não prestar declarações, um direito conferido por serem familiares.

O arguido, que responde por três crimes de violência doméstica, aceitou falar apenas de aspetos sociais e profissionais.

Motorista de profissão, assumiu o problema de alcoolismo, adiantando que iniciou este mês um segundo tratamento. Garantiu que está medicado e deixou de beber.

O extenso rol de agressões físicas e psicológicas durou entre 2016 e o início deste ano, até ser obrigado a sair de casa para não contactar a família, passando a viver com mãe,

A esposa foi alvo dos episódios mais violentos, tendo sido esmurrada em várias ocasiões e ameaçada de morte.

À filha, atualmente com 22 anos, chegou a colocar um cinto ao pescoço, arrastando-a pelo chão, onde desferiu agressões com um telemóvel. O filho, ainda estudante, era impedido de entrar em casa.

De acordo com acusação, o arguido, que fazia dos fins de semana, altura em que bebia mais, um autêntico inferno para a família, chegou a andar pela casa com uma machada e com uma moto serra a trabalhar.

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