Vereadores do PS de Ílhavo contestam proposta de redução de apoios às associações locais

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Dia do Município de Ílhavo (imagem Rádio Terra Nova).

Os vereadores do PS aproveitaram uma recente reunião da Câmara de Ílhavo para mostrar o seu “veemente desagrado pela proposta de redução dos apoios financeiros às associações do concelho”, expressa na proposta de acordos de cooperação com as coletividades locais.

Eduardo Conde, Sérgio Lopes e Sara Pinho votaram contra o que dizem ser “a surpreendente e histórica redução dos apoios em mais de 20%” determinada pela maioria PSD, “por considerarem injusto e irracional que, em ano de crise pandémica, social e económica, as forças vivas das nossas comunidades sejam limitadas na sua capacidade de atuação ao serviço da população.”

Perante as “circunstâncias difíceis que atravessamos”, os vereadores socialistas entendem que a Cãmara “deveria corresponder um fortíssimo sentido de comunidade ao qual as associações são essenciais.”

Consideram, por isso, que os acordos de cooperação impostos pela maioria PSD “dão o sinal inverso, o da letargia, da inatividade.”

Os socialistas fazem notam que o Plano de Atividades para 2020 prevê um investimento superior ao verificado no apoio às associações, mas o primeiro semestre de 2020 resultou na redução drástica das despesas da Câmara, “fruto da suspensão da sua atividade em tantas áreas – em parte, de forma questionável – o que coloca a autarquia com um nível de disponibilidade financeira sem paralelo.”

“Os tempos que vivemos não devem empurrar as associações para a inatividade, bem pelo contrário, devem persistir na sua missão de dinamização das comunidades, claro está, com as devidas adaptações que as restrições sanitárias impõem, com recurso à criatividade habitual das coletividades do nosso concelho”, referem os vereadores da oposição em comunicado.

A terminaram, os socialistas lembram que têm defendido “a criação de uma linha de financiamento suplementar para colmatar desequilíbrios orçamentais resultantes da diminuição de receita provocada pela inatividade durante a fase mais crítica da crise pandémica e permitir o investimento relacionado com a aquisição de material de proteção individual, adequação das sedes e das atividades às recomendações das autoridades de saúde.”

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