Vereadora defende valorização da aposta hospitalar de proximidade em Ovar

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Hospital de Ovar.
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“O caminho já é irreversível, pelo menos numa primeira fase de implementação/teste, independentemente da recomendação da Assembleia da República”. Júlia Oliveira, vereadora do PSD na Câmara de Ovar, que é médica no Hospital Francisco Zagalo, em Ovar, analisou, em recente reunião do executivo camarário os primeiros passos dados após a integração daquela unidade hospitalar na Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro (ULS RA), também com a inerente “dependência funcional”.

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Na sua “leitura pessoal, salvo melhor opinião”, a eleita social democrata considerou que não será possível, por agora, parar o processo colocado em marcha pela direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), com a entrada em atividade das novas ULS em janeiro deste ano.

O município de Ovar tem condicionado as negociações para a aceitação da transferência de competências propostas pelo Governo na área da saúde à referenciação hospitalar do concelho para S. Sebastião, na Feira, agora Unidade Local de Saúde do Entre Douro e Vouga.

Júlia Oliveira voltou a sublinhar “a assimetria do peso da organização dos cuidados de saúde primários com grande impacto na estrutura organizacional e desde há muito na região de Aveiro e do peso do impacto da resposta local hospitalar”.

A médica entende que “faz sentido, do seu ponto de vista, valorizar a resposta hospitalar em proximidade, com uma eventual criação de uma resposta urgente para as situações não emergentes ou urgentes não críticos, a manutenção da referência do SNS 24 para a urgência do Hospital de Santos Silva em Santa Maria da Feira e a posterior referenciação de nível III/IV para norte, ou para sul em função da escolha do utente e da capacidade instalada”.

“Sempre por foco na proximidade e no fluxo natural das populações”, sublinhou a vereadora do PSD, acrescentando “que pela zona geográfica de fronteira e capacidade instalada dos principais polos de Aveiro e de Santa Maria da Feira, a salvaguarda e garantia destes fluxos responderia a todos os interesses”.

“Porque somos uma fatia importante do pais, é relevante também para nós contribuir para os critérios de retorno do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que por adesão ou imposição vai e deve acontecer”, alertou, lembrando que “é urgente maximizar ganhos e mitigar perdas por negociação das melhores condições no contexto instalado.”

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