O Beira-Mar regressou às vitórias, esta tarde, na receção ao Pampilhosa (2-1), em partida da 19ª jornada do principal campeonato distrital, reforçando a liderança, agora com 48 pontos, a sete do Bustelo, que empatou.
O aveirenses viram-se em desvantagem logo ao primeiro minuto, na sequência de uma grande penalidade convertida por Lima, por derrube de Ramalho, chamado à titularidade devido à ausência de Diego, castigado. Valeu aos locais uma ponta final de bom nível, que permitiu consumar a reviravolta nos últimos dez minutos.
A resposta ao golo visitante chegou aos dez minutos quando Aparício, num lance individual, pela esquerda, rematou junto ao poste.
Pouco depois, Carela, de canto direto, obrigou Maringá a um ‘golpe de rins’ para evitar o pior, repondo a igualdade em ocasiões de perigo.
Para além da entrada em falso, os aurinegros ficaram sem o influente médio atacante Artur, que saiu lesionado aos 18 minutos. A equipa tardou em recompor-se de um dos seus principais jogadores.
O jogo chegaria ao intervalo sem grandes motivos de interesse, com o Pampilhosa, naturalmente, em posição mais confortável.
A segunda parte desenrolou-se com muita intensidade física, num relvado difícil e muitas faltas de parte a parte.
O Beira-Mar acordou da letargia aos 56 minutos, quando Rodrigo, até então sem intervenções dignas de registo, ao aproveitar a primeira falha defensiva dos azuis e brancos, teve tempo de ajeitar a bola e desferir um remate que falhou por pouco o alvo.
A equipa da casa conseguia finalmente desequilíbrios a seu favor, já com Bruno Henrique a alargar a frente atacante solicitada com constantes cruzamentos.
Numa das raras incursões atacantes do Pampilhosa, Diogo André ainda esteve perto do golo, mas o remate rasteiro saiu ligeiramente ao lado.
Do lado contrário, o guarda-redes Brito iniciava um duelo com Rodrigo. No primeiro lance, teve de sair da área para afastar a bola de cabeça. Depois, defendeu para canto um cabeceamento perigoso do ponta de lança brasileiro que, num lance idêntico, acabou mesmo por marcar, restabelecendo a igualdade.
O Beira-Mar pressionava em busca do segundo. Alex parece derrubado na grande área, sem grande penalidade assinalada. Os protestos do banco levaram o árbitro a expulsar o técnico Cajó.
À entrada dos 90 minutos, um cruzamento de André Nogueira acaba na cabeça de Vando que desvia para o fundo da baliza, perante o desespero dos ‘ferroviários’.
Nas compensações, o guarda-redes Maringá ainda foi obrigado a estirar-se num remate rasteiro de fora da área. Do outro lado, Bruno Henrique esteve perto de fazer o terceiro.
Resultados e classificação em https://afatv.pt/classificacao/24
“Continuam a achar que nós jogamos sozinhos” – Cajó, treinador do Beira-Mar
“Entrámos fortes, uma excelente primeira parte, a todos os níveis. Surpreendemos com a pressão alta. Na segunda parte, houve uma pressão forte do Beira-Mar. Não esperava o segundo golo depois de meter jogadores para as bolas que estavam a ser lançadas para a área. Demonstrámos que somos uma grande equipa. Foi um jogo intenso com duas grandes equipas” (Maná, treinador do Pampilhosa).
“Pelo dizem nos jornais e nas rádios, continuam a achar que nós jogamos sozinhos. Cometemos um erro, corremos atrás, o Pampilhosa só defendeu. Procurámos de todas as formas e feitios. Quando há trabalho, tem este resultado.
Parece que o Beira-Mar tem de ganhar por 3 ou 4. Não sabem que todos os adversários são fortes? Num campo destes. Não jogamos sozinhos. Outros perdem pontos, não podemos perder nada. O adversário tem, talvez, melhores condições de trabalhar do as que tivemos esta semana. O grupo está a lutar, é um caminho longo. A nossa realidade é o distrital” (Cajó, treinador do Beira-Mar).