“Temos muitas empreitadas andamento, umas avançam bem, outras ‘assim assim’, outras “estão suspensas”.
O presidente da Câmara de Vagos não escondeu as incertezas que reinam no sector das obras públicas, fruto da conjuntura global com implicações, também, locais.
Silvério Regalado (PSD) falava na última Assembleia Municipal em resposta a questões colocadas pelos deputados.
“A guerra veio trazer graves problemas e aumentos brutais”, lembrou, apontando, como exemplo, a subida de custos com betão, betuminoso e ferro.
“Eu vejo do lado positivo, com muitas obras, apesar disso, que não pararam”, ressalvou o edil, adiantando que um diploma governamental veio permitir a revisão extraordinária de preços e prorrogação automática de prazos quando comprovadamente as obras enfrentem problemas deste tipo.
“Vivemos numa sociedade global, somos afetados como outros”, referiu o autarca, aproveitando para adiantar que uma importante empreitada, de quase 1 milhão de euros, envolvendo a requalificação da Rua da Fonte até à zona industrial, com criação de pista ciclável, “em princípio” arranca no prazo de duas semanas.
Silvério Regalado assumiu que os custos com empreitadas vão aumentar, esperando que seja possível ‘captar’ fundos europeus ainda disponíveis para compensar. Quanto ao aumento das taxas de juros, mais encargos com serviço da dívida significarão “menos dinheiro para outros investimentos” (ver declarações em vídeo).
A Câmara de Vagos tem um pacote de obras para lançar ‘no terreno’, com mais pavimentações e remodelação do abastecimento de água. Sobre a empreitada de requalificação do antigo palacete Visconde de Valdemouro, a decorrer, o edil mostrou-se confiante em ver reforçada a comparticipação comunitária. “Tenho esperança e alguns dados objetivos que possamos melhorar o financiamento da obra, que foi de 2 milhões, através de dinheiro que não seja utilizado, para aumentar a comparticipação”.
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