A União de Sindicatos de Aveiro (USA), afecta à CGTP / Intersindical, vai “intensificar a luta, em todos os sectores, público e privado, pelos direitos dos trabalhadores a uma vida melhor”. Anúncio feito nas comemorações do ‘1º de Maio’, esta segunda-feira, em jeito de mobilização.
Após algumas “conquistas” de aumentos salariais e das pensões, bem como na aplicação de vínculos efetivos e redução de horários de trabalho, “a que o Governo foi forçado”, os representantes dos trabalhadores preparam novas reivindicações, nomeadamente salariais, “porque continua a haver mês a mais para salário que recebemos”.
O coordenador da USA subiu ao palco montado na Praça da República, junto aos Paços de Concelho, em Aveiro, para mostrar desagrado com as respostas governamentais às dificuldades económicas. “Neste dia de luta, exigimos respostas aos problemas que se agravam, soluções para fazer face ao custo de vida e exploração. Isto não se resolve com remendos, medidas pontuais ou avulsos que podem acudir ao momento, mas que perpetuam a situação”, criticou.
“As opções do Governo do PS e a ausência de verdadeiras soluções para o país e trabalhadores”, prosseguiu Adelino Nunes, “servem o interesse do grande capital, da direita e extrema direita”, dando como exemplo a nova legislação de trabalho, que entra em vigor neste início de maio, a aplicação sem consequências nas carteiras do ‘Iva zero’ e a dar “verbas colossais” às grandes superfícies ou as medidas na habitação a favor do “grande negócio imobiliário” mantendo rendas e juros inacessíveis aos trabalhadores.
Para o dirigente sindical, “os salários e pensões têm de aumentar” para garantir o poder de compra e travar a exploração em marcha”, fixando o salário mínimo nacional em 850 euros. a intensificação do combate da precaridade foi outra exigência deixada (mais de 70% do novo emprego é, garantiu, com vínculo precário). Foi deixada, também, “a defesa e melhoria” dos serviços públicos, a escola, os transportes, habitação, justiça e poder local.
No início da sua intervenção, Adelino Nunes deixou uma referência especial aos funcionários de uma loja comercial na cidade de Aveiro que fizeram greve no feriado para comparecer no ‘1º de Maio’.
Antes, Fernanda Moreira, do Sindicato Nacional do Calçado, Malas e Afins (SNPIC) tomou a palavra para anunciar uma “campanha de solidariedade” a favor de uma delegada sindical que foi a única a avançar nos tribunais com a impugnação de um despedimento coletivo numa fábrica multinacional em Santa Maria da Feira que envolveu cerca de quatro dezenas de trabalhadores. “Nós, delegados sindicais, enfrentámos uma situação muito difícil. O ataque das empresas e associações patronais é muito forte, assistimos a um retrocesso de mais de 30 anos”, denunciou a dirigente sindical.
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