Um Olhar Desconfinado

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'Ponte praça', Aveiro (foto de José Dinis).

Foi sempre minha convicção que Portugal e os Portugueses iam conseguir ficar bem, no contexto pandémico mundial e na realidade não me enganei.

Ângela Almeida *

E o tempo foi passando pausadamente em cada canto e recanto. Sobriamente, vamos saindo devagarinho e espreitando um novo amanhecer, onde o sol desperta calmamente.

É como se estivéssemos a reaprender a viver, olhar o Mundo com outros olhos!

Lentamente, vamos olhando desconfinadamente para um Mundo que não será mais o mesmo, mas é o Mundo possível! Será um Mundo de cuidados redobrados com o outro e comigo. Um Mundo com um olhar mais terno e misericordioso para com a Sociedade e para com os mais vulneráveis.

Será um mundo de gente mais próxima do olhar, mas mais longe de um abraço sentido fisicamente. Um Mundo onde o calor humano se sente no íntimo de cada Coração.

Vivemos rendidos a um vírus, que nos controla discretamente e nos ensina que na vida há alturas que temos de nos redimir à nossa condição de simples Humanos, dependentes da natureza que se renova a cada amanhecer e de algo supremo que nos guia.

Fomos convidados a mudar, mudar rotinas, mudar hábitos e costumes tentando ser fiéis aos nossos princípios. Não foi e não está a ser fácil para ninguém, mas com fé e perseverança temos conseguido obter bons resultados, apesar de muitos, lamentavelmente, insistirem na teimosia de que tudo tem de ser igual. Enfim!

Sabemos que vivemos um Tempo de incertezas, que a Todos nos deixa dúvidas e receios, mas como diz a nossa História, somos um Povo de garra que enfrentou o desconhecido sempre com audácia, abertos a um Mundo novo.

Por isso, seguimos firmes, lamentando os que partiram e sofrendo com as suas famílias, mas buscando arduamente forças nos que sobreviveram e naqueles que estão na linha da frente, enfrentando as novas batalhas que se avizinham.

Foi sempre minha convicção que Portugal e os Portugueses iam conseguir ficar bem, no contexto pandémico mundial e na realidade não me enganei. Somos um Povo de afectos e de sorrisos fáceis, mas também somos e provámo-lo, Gente responsável que sabe responder com prontidão aos desafios que nos aparecem!

E que desafio este… Desde a População em geral, às Instituições, às Autarquias, todos responderam pronto a este desafio, aprendendo, recreando-se e adaptando-se a cada novo obstáculo que surgiu. Crescemos como País e como Pessoas! Parabéns!

Sejamos cautelosos e não deitemos tudo a perder! Desconfinemos cuidadosamente para voltarmos a ser Felizes!

Angela Almeida.

* Presidente da Junta de Freguesia de Esgueira (PSD-CDS), Aveiro.

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