A presidente da Câmara de Arouca sensibilizou hoje o Governo para a necessidade de completar a chamada via estruturante, que ligará o concelho do interior norte do distrito de Aveiro ao litoral.
Margarida Belém falava, ao final da manhã, no Parque de Negócios de Escariz, no início da sessão organizada pela Infraestruturas de Portugal para assinalar o lançamento a concurso de público da empreitada de construção da variante de 7,1 quilómetros entre aquela freguesia e o nó de Pigeiros da A32. Uma das 12 intervenções incluídas no programa de Valorização das Áreas Empresariais lançado pelo atual Governo.
“Hoje é um dia feliz, damos mais um passo firme e decisivo para concretização de uma ambição antiga e legítima”, referiu a autarca eleita pelo PS, deixando uma homenagem “a quem nunca baixou os braços” na luta por este melhoramento rodoviário.
“Espero que daqui a três anos, no final do mandato, possamos aqui regressar para a nova empreitada, entre Mansores e Escariz, para que possamos, finalmente concluir a via estruturante de ligação ao litoral. Hoje é o mais um passo mas não o final do caminho”, lembrou Margarida Belém.
O investimento total no acesso Escariz – Pigeiro é de 26,4 milhões de euros, com um prazo de execução de cerca de 550 dias após a consignação. O pacote de obras inclui uma rotunda, uma ponte de 96 metros de extensão, quatro viadutos, entre outras intervenções.
O lançamento do concurso serviu para o ministro do Planeamento exaltar a persistência das gentes de Arouca, da autarquia e dos empresários locais. “Senhora presidente, conseguimos. Ao fim de tanta luta vossa, hoje conseguimos. É apenas o princípio do fim do processo, mas conseguimos. A vossa luta ao fim de tantos anos permitiu que os recursos do Orçamento de Estado, que nunca chegavam cá fosse canalizados para esta obra”, afirmou Pedro Marques, destacando também o empenho pessoal do Primeiro-Ministro ao fazer regressar o investimento público às rodovias.
O Primeiro-Ministro começou por lembrar que “a recuperação de rendimentos foi essencial para o país ganhar confiança”, que “inspirou” os empresários a investir. “Um aumento de investimento empresarial como não tínhamos há muitos e muitos anos”, disse, lembrando que a taxa de desemprego desceu para quase metade de há três anos: Outra das prioridades foi “dar sustentabilidade”, criando condições de desenvolvimento das empresa. O que passou por “desbloquear e colocar a funcionar o Portugal 2020”. O chefe do Governo disse que encontrou as empresas com quatro milhões de euros de comparticipações, hoje o valor é de quatro mil milhões de euros, representando nove mil milhões de euros de investimento, que incluiu a capitalização das empresas.
“Houve uma altura em que se achou que para ter as finanças públicas sólidas era necessário parar o investimento público”, mas António Costa considero-o “importante também para o desenvolvimento das atividades empresariais”.
Daí o empenho governamental em executar “pequenas ligações que fazem grande diferença” na ligação aos eixos rodoviários principais, como acontecerá em Arouca, assumindo no Orçamento de Estado verbas que não estavam previstas no quadro comunitário em vigor e desenvolver “territórios de menor densidade”.