Um CDS com Futuro

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CDS-PP.
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No fim de semana temos pela frente um dos momentos mais decisivos para o CDS. O congresso de Aveiro vai decidir a nova liderança do CDS num contexto particularmente complicado, visto que há muitos desafios pela frente, desafios a nível interno e externo.

Por Diogo Fernandes Sousa *

Os candidatos à presidência assumem posturas e qualidades para todos os gostos. Considero que dois candidatos vão abdicar antes do momento da votação final, falando particularmente de Abel Matos Santos e Carlos Meira.

Neste sentido restam apenas três candidatos, sendo estes João Almeida, que associo a uma continuidade daquilo que aconteceu recentemente no partido, Francisco Rodrigues dos Santos, que simboliza uma mudança relativamente radical, e Filipe Lobo d’Ávila, que traduz uma mudança moderada.

Estando eu inclinado para a mudança, reduzi a minha escolha a dois candidatos e, sendo eu moderado, determinei que a minha escolha passa por Filipe Lobo d’Ávila.
Considero que me dou bem com todos os candidatos mencionados e diversas pessoas das suas equipas. Contudo, estamos a falar em termos de política e não de amizades.

Assim, penso que não se deve sequer pensar em condicionamentos para o futuro político de cada delegado que hoje assuma a sua própria opção e opinião sobre o futuro do partido. Ou seja, não podemos deixar que o vencedor seja um elemento que provoque novas divisões no partido, porque o CDS é um partido de todos e para todos, daí assumir a decisão que penso ser a mais adequada para o partido atualmente.

Podia escolher qualquer um dos três candidatos para apoiar, mas tinha consequências de quaisquer das formas. Por exemplo, apoiando João Almeida, iria estar ligado a uma postura de continuidade que levaria o partido a uma morte lenta, ou, apoiando Francisco Rodrigues dos Santos, iria estar ligado a uma postura que pode fracionar e dividir o partido, levando igualmente a extremos da direita política, o que resultaria numa “morte” rápida do CDS.

Apoiando Filipe Lobo d’Ávila, estou a apoiar um candidato bastante tranquilo, de direita moderada, que vai trazer mudança ao CDS, mas uma mudança que não vai dividir o partido. Igualmente, estou a apoiar uma equipa assertiva que pode conduzir o partido a bons resultados eleitorais naquilo que considero ser o principal desafio afeto a este mandato na presidência do CDS. É exatamente com esse desafio externo que vou concluir, pois este ponto é essencial na escolha do nosso próximo presidente.

O desafio consiste nas eleições autárquicas 2021, onde o CDS vai ter um novo ponto crucial da sua história, já que existe um candidato que não traz mudança, ou seja, que irá manter os resultados atuais.

Por outro lado, existe um candidato que não conta com os delegados que decidirem apoiar outra hipótese para o partido e, portanto, vamos perder muitos potenciais candidatos (candidatos válidos que apresentam formação para exercer um cargo de exigência como a presidência de uma Junta de Freguesia ou Câmara Municipal) e, por fim, temos o caso do Filipe que vai unir o partido após ser eleito presidente e, nesse sentido, vai trazer para as eleições um partido organizado, pois assume que as autárquicas 2021 são uma prioridade para o CDS mal termine o congresso. Desta forma, unido em torno dos seus representantes locais, poderão potenciar o CDS nas mencionadas eleições.

Concluindo, apelo a que os delegados eleitos não se deixem condicionar pelos candidatos e assumam a posição que consideram mais correta para o futuro do partido. O voto é secreto e ninguém pode criar consequências negativas para o vosso futuro.

Da minha parte e da parte do Filipe Lobo d’Ávila podem contar com apoio incondicional ao partido e às suas bases, assim como uma campanha autárquica bem organizada e estruturada, para que as eleições de 2021 sejam um regresso do CDS aos seus tempos áureos e um novo capítulo na história, já vasta, do CDS.

* Militantes do CDS de Santa Maria da Feira, delegado ao congresso.

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