A todos os pais, mães, avós e avôs quero dar-vos um grande abraço, na forma deste texto, e pedir-vos que sejamos todos responsáveis.
Por Francisco Marques Vidal *
Disse à minha mãe para ela se preparar. Ela respondeu-me:
– Lá estás tu…
– Nada disso. Vamos viver.
Era exatamente essa a ideia daquele dia. Fomos, eu e a minha mãe, juntamente com os meus filhos passear. Estávamos longe de imaginar que era o último dia para desfrutar da “normalidade”.
Já não estou com eles há mais de 52 dias, apesar de conversarmos todos os dias com eles por video-chamada.
Foi a forma possível de brincarmos e, até, de os ver fazerem travessuras e tudo.
Mas retomando o início deste texto, passámos por uma pastelaria para comprarmos uma bola de berlim, que a minha filha adora, e um ovo mole, que é a perdição do meu filho.
Dali, seguimos para uma pizaria e partilhámos todos uma pizza, que agradou o palato e, pelo momento em si, aqueceu-nos o coração.
Nisto, meus filhos perguntaram-me:
– E a sobremesa?
Respondi com prontidão:
– Calma que vão haver surpresas.
Levei-os a comer um gelado, que estava divinal e encerrou aquela noite perfeita. Voltámos a casa. Eles amaram e eu também. E é este programa que vamos recriar, assim que for possível reencontrarmo-nos.
A todos os pais, mães, avós e avôs quero dar-vos um grande abraço, na forma deste texto, e pedir-vos que sejamos todos responsáveis.
* Empresário do setor da restauração com estabelecimento aberto em Aveiro.