UA: Investigadores usam casca de ostra para proteger corais ameaçados

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Foto Universidade de Aveiro.
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Investigadores da Universidade de Aveiro (UA) estão a estudar “alternativas às rochas coralinas nos aquários que, muitas vezes, são extraídas ilegalmente de zonas do Indo-Pacífico, colocando cada vez mais em risco os recifes de coral.”

“A proposta”, segundo refere uma nota de imprensa da instituição, “é usar casca de ostra como alternativa à rocha coralina”.

Os recifes de coral estão em declínio em todo o mundo e os cientistas acreditam que a própria existência dos recifes de coral pode estar em perigo, exigindo medidas de proteção.

“As ameaças aos recifes de coral são locais e globais. A maioria destes ecossistemas está localizado perto da costa e, por isso, são particularmente vulneráveis aos efeitos das atividades humanas. Entre os vários fatores de ameaça a estes ecossistemas está a exploração de rochas coralinas com fins ornamentais para aquários marinhos que recriam estes ecossistemas”, explica a UA,

Uma equipa de biólogos da instituição liderada pelos investigadores Ricardo Calado e Ana Lillebø encontraram “uma solução criativa para minorar este problema, e ao mesmo tempo, valorizar um produto que ainda apresenta um baixo valor acrescentado, a casca de ostra.”

As cascas das ostras que acabam por morrer antes de atingir o tamanho comercial podem ser utilizadas na produção de um substrato artificial em aquários de recife, de modo a substituir rochas coralinas, “muitas vezes recolhidas ilegalmente e de forma destrutiva nos recifes de coral do Indo-Pacífico.”

O projeto de investigação aplicada foi desenvolvido no âmbito do programa SmartBioR que visa o desenvolvimento de produtos, processos e serviços, que dinamizem as cadeias de valor associadas aos recursos marinhos naturais endógenos da região Centro de Portugal.

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