UA empenhada em melhorar condições de estudo no ano com maior número de inscritos

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Paulo Jorge Ferreira (Reitor da Universidade de Aveiro).

O reitor da Universidade de Aveiro (UA) anunciou na sessão de abertura do ano académico, esta quarta-feira, um aumento do “valor do apoio social” a atribuir aos estudantes, o que surge enquadrado no esforço de criação de “condições de estudo condignas” que permita “retomar o crescimento” após a interrupção letiva presencial devido à pandemia.

Paulo Jorge Ferreira reafirmou o empenho das instituição no aumento da oferta de alojamento, uma das maiores “limitações” atuais. Para além das quatro novas residências já anunciadas no Crasto (256 camas), irá arrancar a reabilitação das residências de Santiago, de forma “gradual”.

A divulgação das atividades da UA figura, também, entre as apostas para 2021-22 com um novo boletim dedicado aos temas da inovação e um novo programa de televisão na RTP 3 sobre ciência.

O reitor destacou, ainda, o reconhecimento do mérito da comunidade académica, em todas as suas vertentes, com a atribuição de prémios.

Paulo Jorge Ferreira sublinhou que 2021 trouxe um novo recorde de alunos inscritos (2369 na primeira fase do concurso nacional de acesso) em “mais de 17 mil candidaturas”, deixando uma palavra de “agradecimento pela preferência e confiança” dos estudantes, atualmente cerca de 15 mil, incluindo as escolas politécnicas de Águeda e Oliveira de Azeméis.

A abertura do ano letivo ficou marcada, ainda, pela entrega de 356 bolsas de mérito em todas as áreas (estudantes com pelo menos 17,5 valores), representando também o maior número de sempre (uma subida de 20 % que mantém a tendência de anos anteriores), assim como as habituais distinções para os melhores do ano anterior (cerca de quatro dezenas(.

Os números “decorrem do trabalho de uma grande equipa, gostaria de sublinhar o ânimo e empenho de todos que ajudam a UA a sobressair no panorama nacional e a ser atrativa, com um bom ambiente académico e qualidade”.

Discurso direto

“Precisamos de investimentos urgentes nas residências da UA. Ao contrário do que alguns possam querer passar, atualmente não são as propinas as principais barreiras de acesso ao ensino superior, embora seja uma, mas a principal diz respeito às exorbitantes despesas que os estudantes deslocados têm de suportar com alojamento. Segundo as plataformas do ministério, Aveiro é já a cidade que apresenta o terceiro valor mais alto relativamente a custos de alojamento, a seguir a Lisboa e Porto. Este é um dado que nos preocupa profundamente, pela inoperância do plano nacional de alojamento, três anos depois, não mostra evolução palpável na nossa universidade. Quanto mais tempo temos de esperar (…).

Continuamos a aguardar os avanços tão esperados da nova nave desportiva da nossa universidade, fundamental para melhorar condições da prática e evolução desportiva na academia depois dos melhores resultados desportivos de sempre da nossa academia em termos nacionais (…).

Os serviços de gestão académica apresentam dificuldades. Num ano de imensas transições por força do fim dos mestrados integrados, vimos os serviços assoberbados, com ainda mais dificuldades em dar respostas. Mudanças são prementes. Reconhecemos o esforço, mas não podemos constantes demoras, atendimento condicionado e processos atrasados que fazem adiar, muitas vezes, a vida dos estudantes (…).

Os estudantes internacionais têm crescido pela atratividade da UA, o que muito enriquece a experiência de todos. Muitos apresentam graves dificuldades económicas na manutenção do seu percurso académico. A UA tem de perceber se olha para os estudantes internacionais como fonte de receita ou como uma riqueza cultural. Para a AAUAv o caminho é estimar esta riqueza, mas carecem mecanismos de apoio pela via da ação social ou outros acordos para atender às suas necessidades, quer às propinas, alojamento ou habitação, que são as maiores carências (…).

Nos estudantes de mestrado e doutoramento, a pandemia, devido ao fecho das universidades em 20-21, fez atrasar os trabalhos de dissertação. Ao contrário do ano passado, este ano não viram prorrogados os seus prazos de defesa, com encargos extra em propinas por um contexto que não controlaram. Nenhum estudante deve sair prejudicado (…).” – António Alves, presidente da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv)

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