“A universidade não tinha passado, para muitos também não tinha futuro; seria um sonho, mas percebemos que fizemos bem em sonhar”. O reitor da UA começou assim, esta tarde, a sessão evocativa da passagem de meio século sobre a abertura da instituição de ensino superior que contou, entre outras personalidades, com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e da ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato.
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50 depois passaram desde a primeira reunião da comissão instaladora , motivada pela decisão governamental, a que esteve ligado o então ministro Veiga Simão, de lançar uma nova rede universitária.
“Percebemos que fizemos bem sonhar”, disse Paulo Jorge Ferreira, dando conta, em jeito de homenagem, que “o passado” continua “bem presente” do que foi uma “construção coletiva só possível” graças “ao sonho e trabalho de muitos”.
Aveiro, recordou, foi inovadora no regimes de estudos, na investigação e no serviço à comunidade, mas também “bastante original” na estrutura (orgãos de governo) e formas de gestão.
“A UA ao longo de 50 anos tem sido mudança”, sendo que é a universidade que “tem de se adaptar à sociedade” para ir “construindo o futuro”. Uma universidade “que fez diferença” ao longo da sua trajetória, sublinhou o reitor.
Por exemplo, em 1974, a universidade “procurava já a influência recíproca universidade / sociedade”, lembrou Paulo Jorge Ferreira. Na atualidade, procura-se também maior relevância internacional e aplicar “modelos formativos novos, apropriados à requalificação e formação ao longo da vida”, trabalhando, nesse sentido, numa rede à escala da UE.
Hoje a UA é uma comunidade multicultural, com mais 120 nacionalidades representantes entre estudantes, investigadores ou docentes.
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A UA comemorou os seus 50 anos, entre outras atividades, com a melhoria do atendimento dos seus alunos que é feito no edifício da reitoria, disponibilizando um espaço renovado para o efeito. “A Universidade forma, o estudante transforma. É assim a UA”, vincou.
O reitor aproveitou, ainda, a sessão evocativa do aniversário para destacar a atribuição do primeiro título de professor emerérito, com o qual foi distinguido Renato Araújo, primeiro reitor eleito da UA, num tempo que ficou marcado, especialmente, pelo desenvolvimento de um campus arquitetónico “com características únicas” no panorama nacional.
“Temos de encontrar outra maneira de ensinar, não podemos reproduzir o método que vem da Idade Média. Temos de partilhar mais, colaborando mais. O ensino tem de convergir, criar ligações entre as pessoas” – Renato Araújo (ver intervenção abaixo).
Discurso direto
“Vivemos numa época em que a universidade me parece cada vez mais necessária porque os antídotos para a desinformação são a educação, a cultura e ciência. Não baste: faltará ainda, citando Fernando Pessoa, ‘o sopro, a aragem – ou desgraça ou ânsia –, com que a chama do esforço se remoça’. Faltará a inspiração capaz de unir e movimentar as pessoas. Os nossos honoris causa são forças inspiradoras, unem pela pavra, ação e exemplo. Graças a vós temos mais imagens, poesia e inspiração no mundo. Muito obrigado” – Reitor da UA.
Mais de 16 mil alunos
A UA tem presença física em Aveiro, Águeda e Oliveira de Azeméis. Há dois anos, a instituição ultrapassou 16.000 estudantes. Possui mais de 2300 trabalhadores. Movimenta um orçamento de 142 milhões de euros.
Registo vídeo da sessão comemorativa dos 50 anos da Universidade de Aveiro
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