Quatro indivíduos começaram a ser julgados no Tribunal de Aveiro, esta quarta-feira, por crimes de furto e abuso de cartão de garantia ou de crédito. Uma quinta pessoa, do sexo feminino, responde por crimes de abuso de cartão de garantia ou de crédito e recetação. Um dos arguidos, que tem antecedentes criminais, está em prisão preventiva, tendo cometido os crimes pelos quais está a ser julgado pouco tempo depois de cumprir pena de prisão por outro processo. Está acusado, também, de condução sem carta. os arguidos têm idades entre 31 anos e 18 anos.
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Segundo a acusação, entre dezembro de 2023 passado e abril passado os indivíduos assaltaram uma dezena de residências e garagens nos concelhos de Águeda, Oliveira do Bairro e Anadia. O ‘alvo’ principal eram viaturas, do interior das quais levavam, quando encontravam, carteiras com documentos pessoais, cartões ou dinheiro e outros artigos de valor.
Na posse de cartões, procederam a inúmeros pagamentos de compras diversas, como roupa, combustível, tabaco, entre outras despesas, mas também levantamentos em ATM e transferências.
No início do julgamento, apenas um arguido e a arguida aceitaram prestar declarações. O indivíduo, que trabalha atualmente como carteiro, assumiu praticamente todos os factos que lhe estão imputados na acusação (existem imagens de vídeo vigilância num assalto a viaturas numa garagem de onde levou um velocípede) e ilibou o arguido detido preventivamente, garantindo que “nunca saiu do carro”. Justificou a atividade criminal pela necessidade de arranjar dinheiro para a droga. “Uma fase má” da sua vida, em que esteve “descontrolado” pelo consumo de estupefaciente (cocaína). Sobre uma quantia de mil euros que tinha na sua conta, disse que a transferência foi feita por “alguém desconhecido”. Como nunca foi reclamada de volta, gastou o dinheiro na compra de droga.
Já a arguida, namorada do indivíduo preso preventivamente, que assumiu também ser toxicodependente à data dos factos, negou ter usado cartões furtados para compras em diversos estabelecimentos, não se recordando qual dos outros arguidos pagou. Como também não tem memória de onde vieram transferências para a sua conta. “Não sabia de onde vinha o dinheiro, queria era comprar cocaína”, referiu, alegando, contudo, que também recebia dinheiro da mãe, justificando, assim, uma quantia de 500 euros.
Aquando das buscas que precederam as detenções dos quatro suspeitos, a GNR procedeu à apreensão de 192 doses de haxixe, oito doses de cocaína, um automóvel ligeiro, um par de luvas, uma gola tipo passa montanhas, 380 euros em numerário, uma balança de precisão e diverso material de corte e acondicionamento de estupefacientes.
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