O Tribunal de Aveiro condenou, esta segunda-feira, a penas de prisão três pessoas (pai, filho e uma mulher) que traficaram droga a partir das residências na zona de Albergaria-A-Velha, uma das quais a cadeia efetiva.
A pena mais pesada, de cinco anos e três meses, aplicada ao filho do homem mais velho, resultou do cúmulo jurídico por tráfico (cinco anos) e condução sem carta (sete meses).
O pai, sexagenário, que ajudava nas entregas fora de casa, foi condenado a quatro anos e meio, com pena suspensa.
Já a arguida recebeu uma pena de quatro anos e nove meses, igualmente suspensa, ainda que obrigada a manter atividade laboral ou frequentar cursos de formação, bem como sujeitar-se a controlo de consumo de droga. Estava acusada de traficar com um irmão atualmente ausente em parte incerta, pelo que será julgado em processo separado.
O tribunal declarou a perda de vantagens angariadas por conta do tráfico, que se terá prolongado durante, pelo menos, 22 meses, entre 2017 e 2018, condenado os arguidos a pagarem solidariamente quase 13 mil euros de lucros da atividade dados como provados.
O arguido principal recebia os contactos de clientes por telefone e Facebook, procedendo às entregas na própria casa ou deixava na caixa de correio. Quando tinha o pai a conduzir, ia ao encontro dos consumidores. Ambos encontravam-se sujeitos a vigilância eletrónica, medida de coação que se extingue para o pai.
A mulher tinha um modus operandi idêntico, tendo sido encontrado na sua casa um sistema de vídeo vigilância que usava para fazer as entregas.
O tribunal deu como provado que pai e filho terão vendido cerca de meio quilo de droga por semana, tendo movimentado mais de 40.950 euros no período em causa.
Os três arguidos remeteram-se ao silêncio no julgamento.
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