Os serviços digitais estão atualmente no centro da atividade humana, revolucionando a forma como vivemos e trabalhamos, interligando-nos com pessoas de todos os cantos do Mundo. Além disso, impulsionam o crescimento e a inovação, desempenhando um papel fundamental no conhecimento, na capacitação dos cidadãos e dos direitos humanos. Como novo paradigma, trazem vários desafios de segurança digital, desde os conteúdos nocivos ao comportamento online.
Por Jorge Liça *
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A transformação digital tem vindo a afirmar-se a um ritmo galopante através de novas tecnologias, dispositivos e serviços. Com a integração da inteligência artificial nesse processo, estamos perante um dos fenómenos com maior impacto na história contemporânea, na confluência entre a tecnologia, a política e os direitos humanos.
Esta evolução gera riscos contínuos à medida que aumenta a utilização das tecnologias, permitindo modos elaborados de cibercriminalidade e de atividades ilícitas, por hackers económicos e sociais, de ativismo político e mesmo através de pirataria inter-estados.
É importante entender a Cibersegurança para além das tecnologias de informação e colocar as estratégias de segurança digital na agenda dos centros de decisão, como um mecanismo presente na evolução dos negócios, na credibilização das relações de um ponto de vista global, envolvendo pessoas, processos e tecnologias.
O conhecimento, a capacitação e a confiança serão fundamentais nos esforços de segurança cibernética, passando por disposições públicas e privadas e pelo contributo da sociedade civil para se evitar a propagação de informação errada e da desinformação. A Engenharia tem um papel essencial neste processo de transformação e de esclarecimento, permitindo potenciar e colocar talento e versatilidade na dinamização da Cibersegurança, tanto a nível tecnológico, como na definição e na adoção de estratégias, na capacitação das empresas, na formação académica e na mobilização de competências dos vários setores da vida nacional.
Para os decisores, as estratégias e os investimentos em Cibersegurança deverão ser adotados desde o início da transformação digital (secure by design), prevendo processos de melhoria contínua, acompanhando os riscos cibernéticos, realinhando valores, prioridades e motivações das organizações com os objetivos mais amplos de segurança digital. Não há dúvidas de que estamos perante grandes desafios.
Devemos, em Portugal, evitar protelar medidas de segurança neste processo acelerado de digitalização, tendo consciência da grande exposição das nossas instituições e organizações aos riscos cibernéticos e às suas novas vertentes.
* Editorial da Revista Ingenium.
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