A tradição vidreira de Oliveira de Azeméis, que remonta ao século XVI, tendo chegado à segunda metade do século XX com o Centro Vidreiro do Norte de Portugal, está expressa, a partir de agora, num mural executado por Manolo Mesa, um dos mais reconhecidos artistas espanhóis de arte urbana.
A figura de um trabalhador vidreiro, em grandes dimensões, está pintada na parede de um edifício situado na Praça da Cidade “dando-lhe outra imagem estética, ao mesmo tempo que homenageia as gerações de vidreiros e empresários que, ao longo de quatro séculos, perpetuaram esta importante atividade que deu origem à atual indústria de moldes”, refere uma nota de imprensa da autarquia.
Na inauguração do trabalho do artista natural de Cádiz, o presidente da edilidade enquadrou a iniciativa de arte urbana inserida no 2º Festival de Espantalhos de Portugal Francisca OAZ na pretensão de “requalificar locais sem grande valor estético tornando a cidade mais atrativa e com potencial para atrair turistas.”
A execução da obra demorou cerca de uma semana e exigiu de Manolo Mesa um período de investigação sobre a arte vidreira oliveirense.
Outros dois outros murais foram pintados na cidade, um assinado por jovens oliveirenses e o segundo a cargo da designer Aheneah, permitindo a Oliveira de Azeméis fazer parte da rota das cidades com arte urbana.
Na saída do parque de estacionamento subterrâneo, está o trabalho do grupo de artistas locais inspirado no escritor Ferreira de Castro, natural de Oliveira de Azeméis.
Adesigner portuguesa Aheneah também aceitou o desafio da autarquia rua, criando na Dr. Albino dos Reis uma obra que transporta a técnica tradicional de ponto cruz para a arte urbana.
Segundo Joaquim Jorge, líder da edilidade, a intenção “é replicar este tipo de apontamentos estéticos por toda a cidade melhorando o ambiente urbano e dando a conhecer traços que fazem parte da identidade e da cultura oliveirense.”