Um homem de 40 anos residente em Águeda confessou o furto de uma viatura de gama alta, do interior de uma propriedade, negando, contudo, que estivesse a preparar a venda da mesma com recurso a documentos falsificados.
Os factos remontam ao verão do ano passado. Dez dias após o furto, a GNR recuperou o automóvel e deteve o suspeito que responde também por falsificação de documentos.
No início do julgamento, esta manhã, no Tribunal de Aveiro, o arguido afastou o envolvimento da companheira, julgada por cumplicidade.
O indivíduo assumiu o furto da viatura, que estava no interior de uma residência em Maçoida, Águeda, depois do carro em que se fazia transportar com outra mulher ter avariado.
No início do julgamento explicou que se encontrava a regressar do Porto, onde era frequente fazer deslocações para adquirir droga.
A GNR recuperou no automóvel furtado a carteira da proprietária com documentos pessoais e uma declaração de venda com os dados da lesada e a assinatura do arguido.
Confrontado pelo tribunal, negou que tivesse sido da sua autoria. “Não tinha a intenção de vender o carro”, disse, atribuindo “a falsificação” à rapariga a quem deu “boleia” no dia do furto. “Ela dizia que era porreiro vendermos o carro, nunca concordei”, garantiu.
A Procuradora do Ministério Público notou que a assinatura “é igual” à do Cartão de Cidadão do arguido que poderia usar a declaração de venda falsificada também “para escapar” caso fosse abordado pela polícia.