Seja através da nossa profissão, dos alimentos que ingerimos, da energia que utilizamos ou do ar que respiramos, todos nós estamos dependentes dos Oceanos.
Por João Alves *
Dia 16 de novembro celebrou-se o Dia Nacional do Mar. Este dia começou em 1994 no âmbito da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. A importância de enaltecer os Oceanos reside na sua inegável importância a níveis ambientais, sociais, económicos, turísticos, entre outros. Para Portugal é uma grande marca histórica, que faz parte da nossa identidade enquanto povo e país.
Nada pode ser feito em termos de sustentabilidade sem se olhar para os Oceanos. O Oceano é o maior ecossistema do planeta, o refúgio para milhões de espécies. Algumas das suas funções mais importantes passam pela produção da maior parte do oxigénio do planeta, absorção e redistribuição de dióxido de carbono e calor.
Seja através da nossa profissão, dos alimentos que ingerimos, da energia que utilizamos ou do ar que respiramos, todos nós estamos dependentes dos Oceanos. Porém, a saúde destes está a deteriorar-se.
As alterações climáticas estão a acontecer a uma velocidade que tornam insustentável a recuperação do planeta, comprometendo a nossa própria adaptação e a vida como a conhecemos.
O mais recente relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas é claro nas suas conclusões: as alterações climáticas tornaram os Oceanos mais quentes, mais ácidos e menos produtivos.
Prevê-se que o aquecimento, a acidificação e a desoxigenação dos Oceanos sejam irreversíveis, obrigando-nos a mudanças mesmo depois das concentrações de gases com efeito estufa estabilizarem.
Todos estamos em perigo, mas especial as comunidades costeiras, que representam cerca de 28% da população mundial, pois estão diretamente expostas aos perigos atuais e futuros.
O maior desafio da nossa sociedade passa por criar e implementar políticas sustentáveis em todos os setores de atividade, e sobretudo no nosso dia a dia. A nossa ação individual é imprescindível. A forma como agimos vai afirmar a forma como viveremos.
Nos próximos 10 anos, os povos do mundo devem unir-se para tentar proteger a nossa casa partilhada, esforçando-se para alcançar a Agenda 2030 e atingir um oceano limpo, saudável, resiliente, produtivo e sustentável.
* Membro do Núcleo de Estudantes Socialistas da Universidade de Aveiro.
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