O primeiro plantel ‘montado’ pela direção do Beira-Mar no regresso aos ‘nacionais’ está formado, ainda que sujeito a naturais reajustes que podem acontecer a qualquer momento.
Afonso Miranda revelou alguns meandros das negociações em que o clube se viu envolvido agora a um nível semi-profissional para assegurar jogadores tendo em vista o Campeonato de Portugal.
“Deu muito trabalho, mas acabou por se simplificar a partir do momento que um dos principais critérios era a vontade de virem. Tivemos alguns alvos que falharam, mas foi também um pretexto para não continuar com algumas negociações, quando percebemos que o fator dinheiro era importante e não os quisemos”, adiantou o presidente adjunto.
Os intermediários ditos empresários de jogadores nem sempre facilitam a tarefa, driblando os próprios representados. “Foi complicado sim, porque há muito jogo de empresários metidos no meio, que só pensam neles próprios e não na carreira dos jogadores. Mas na maioria dos jogadores, exceto uma situação mais complicada na negociação, falámos e assinámos passadas duas três horas”, referiu Afonso Miranda.
Sem orçamento para ‘aventuras’ ou declarações perentórias apontadas à subida, os aurinegros usaram como trunfo a projeção do clube e o caminho ascendente trilhado após a queda aos distritais. “A capacidade atrativa do Beira-Mar é a visibilidade, tem mais peso que o ponto de vista financeiro. Sem dúvida que estamos na cauda dos orçamentos das séries em orçamentos”, assumiu o número dois e principal responsável pelo futebol.
Depois de algumas dúvidas, o Beira-Mar foi colocado na Série C, afastando-se da disputa que o levaria para campos nortenhos mais próximos e vai enfrentar deslocações mais longas para sul e viagens aos Açores. “Também temos um Águeda e um Anadia, pode ser interessante, e em termos competitivo eventualmente mais acessível, mas acreditamos que estamos preparados para qualquer cenário, não definimos o plantel em função da série”, garantiu Afonso Miranda.
Discurso direto
“Estou confiante, vim para ajudar a equipa. O clube está a recomeçar e este ano é para dar estabilidade. Vamos lutar todos os jogos pelos três pontos. O que tenho para trás pode ajudar o grupo, os mais novos” – Cícero Semedo, ponta de lança (link abaixo para declarações completas).
“ É um clube da minha terra, grandioso, tem história. Sou de cá, queria jogar cá, vai ser um bom desafio. Vai ser uma época de aprendizagem” – Breda, médio.
“Venho dar o máximo, para chegarmos o mais longe possível, com a ajuda dos meus colegas, para correr melhor que no Leça” – Isaac Cissé, ponta de lança. Defrontou o Beira-Mar pelo Guimarães B, na segunda Liga, quando os aveirenses foram despromovidos administrativamente (link abaixo para declarações completas).
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