“Depois de muita ponderação, de algumas jornadas para cá, a estrutura do futebol achou que era chegado o momento certo para mudar de equipa técnica, face a alguns resultados e, sobretudo, ao futebol apresentado”. Afonso Miranda, presidente do Beira-Mar, assume, desta forma, a dispensa de Ricardo Maia, colocando fim ao percurso do jovem treinador no clube, renovado após os feitos da época passada, marcada pelo regresso aos ‘nacionais’.
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João Almeida, treinador da equipa sub 17, foi encarregado provisoriamente de orientar os séniores enquanto a direção não acerta com o novo técnico, que poderá entrar ao serviço na próxima semana.
A direção assume insatisfação com o rendimento da equipa, aproveitando a pausa competitiva de Natal e Ano Novo para tomar a iniciativa de fazer mudanças, sacrificando o treinador principal.
As razões da ‘chicotada psicológica’ são, assim, desportivas. No mais, “não temos absolutamente nada, pelo contrário, contra a equipa técnica que sai, com a qual mantemos excelentes relações pessoais e profissionais”, ressalvou o presidente.
A equipa técnica cessante deixa um ‘saldo’ de oito vitórias, cinco empates e três derrotas nas provas oficiais, o que não é necessariamente negativo, ainda com muitos jogos pela frente na época.
No entanto, a direção entende que há condições para render mais em campo. “Achamos que, com o conjunto de atletas que temos, podemos trabalhar de outra forma, considerando também o que vimos de outras equipas. Temos qualidade para melhorar”, explicou Afonso Miranda.
O próximo treinador não estava fechado à hora da conversa, embora haja um perfil identificado e abordagens em curso. “Felizmente, de há uns tempos para cá, temos gente a trabalhar a tempo inteiro no futebol que está atenta aos jogadores e treinadores, nos próximos dias será anunciado”, referiu o dirigente máximo do clube aveirense.
Os adeptos aurinegros mostraram insatisfações com as exibições no estádio e através das redes sociais. Além disso, com uma Assembleia Geral marcada para 29 de dezembro, o desempenho da equipa poderia motivar intervenções de sócios.
A direção não é imune a tudo isto, mas garante que a decisão de mudar de treinador resultou de avaliações que fez internamente. “Antes de ser presidente, e toda a direção, antes disso, somos sócios. Naturalmente que ouvimos os sócios e adeptos. Estamos atentos a tudo. Agora, a decisão não é tomada com base em lenços brancos nas bancadas ou comentários nas redes sociais. Já cá andamos a algum tempo para resistir a isso”, afirmou Afonso Miranda.
Discurso direto
“Não se alteram os objetivos, vamos manter o que estava definido. Não entrou nenhum ‘sheik’ com dinheiro, continuamos com a mesma estrutura financeira e a mesma noção da realidade. Quem vier, esperamos nós, é para tentar criar um fosso maior para os lugares de descida. Neste momento, estamos a um ponto, temos de assumir um lugar perigoso”.
“Queremos alguém que venha com ideias novas, com formas de dar outra motivação aos atletas. Auscultámos quem trabalha todos os dias na equipa, com que confiança estávamos, se fazia sentido sangue novo e foi com base nisso que se tomaram decisões.
Ficha de jogos, resultados e classificação via FPF.
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