As taxas Euribor continuam a subir e atingiram novos máximos, o que fará aumentar as prestações do crédito habitação. Saiba o que pode fazer para conseguir pagar menos e poupar.
Depois de sete anos abaixo de zero, a Euribor a seis meses atingiu os 0,009% em junho. Mas o caminho ascendente não se ficou por aí.
Desde então, as subidas continuaram e, pela primeira vez em dez anos, a Euribor a seis meses, que é o indexante mais utilizado nos créditos habitação em Portugal, já ultrapassou a barreira do 1%.
A subida da inflação e as decisões do Banco Central Europeu fizeram com que a Euribor se fixasse nos 1,077%. As taxas a três e a 12 meses também sofreram aumentos.
O aumento das taxas Euribor traduz-se num agravamento da prestação mensal do crédito habitação. Várias famílias portuguesas já começaram a sentir este aumento, numa altura em que a conjuntura mundial também tem feito aumentar o custo de vida.
Mas existirá forma de “combater” a subida da Euribor e não correr o risco de entrar em incumprimento com o pagamento do seu empréstimo?
O Que é a Euribor?
Antes de mais, é importante perceber afinal em que consiste a Euribor.
A Euribor é a abreviação para European Interbank Offered Rate, uma taxa de referência da zona euro que se baseia na média dos juros praticados por um grupo específico de bancos europeus nos empréstimos que fazem entre si.
Isto porque, tal como uma pessoa particular comum, também os bancos precisam de financiamentos. Ora, é necessário estabelecer uma taxa de juro para estes créditos. Quase como um preço para o dinheiro.
O valor é definido diariamente e diz respeito a vários prazos, sendo que os mais utilizados são três, seis e 12 meses.
E porque é que deve saber isto?
Porque caso opte por um financiamento com taxa variável, a taxa de juro que lhe é cobrada pelo banco no âmbito do seu crédito habitação resulta precisamente da soma da Euribor e o spread (que é a margem de lucro da financeira).
Tendo em conta que o valor da Euribor é revisto no prazo definido no seu contrato de financiamento (três, seis ou 12 meses), é normal que note oscilações na sua prestação mensal. Isto significa que, refletindo a tendência da Euribor, a taxa de juro do seu empréstimo pode subir ou descer.
No entanto, é importante que perceba que não é possível antecipar a dimensão da subida das taxas Euribor, pelo que também não é possível saber qual o valor máximo a que pode chegar a sua prestação.
Como Poupar no Crédito?
É normal que este cenário possa deixá-lo alarmado. Mas existem formas de se preparar para a subida de juros e de amenizar os seus efeitos.
No entanto, é importante que aja rapidamente e não espere para correr o risco de estar numa situação insustentável financeiramente.
Consolidar Créditos
Pode equacionar a possibilidade de consolidar os seus créditos para evitar entrar em incumprimento e conseguir ainda poupar algum dinheiro.
A consolidação de créditos permite juntar os seus empréstimos num só e ficar a pagar apenas uma prestação a uma única entidade. E pode conseguir uma poupança significativa de até 60%.
Não é obrigado a manter o seu banco atual. Pode consolidar os seus créditos através de outra instituição e conseguir condições mais atrativas.
Utilizar um simulador de crédito consolidado facilita a procurar pelo melhor financiamento para o seu caso.
Renegociar o Crédito
A renegociação de créditos pode ser feita por qualquer pessoa, pelo que poderá ser esta a solução para si.
Deve, em primeiro lugar, calcular e analisar a sua taxa de esforço, já que este será um dos seus trunfos na negociação com o banco. É que esta taxa não deverá ultrapassar os 33% e a instituição financeira não quererá arriscar que entre em incumprimento.
Depois, só tem de contactar o banco e dar início à negociação. Pode, por exemplo, procurar baixar o spread. Esta taxa é definida pelo próprio banco, pelo que é totalmente flexível.
Em alternativa, pode também procurar renegociar produtos extra, como cartões ou contas, que poderão estar a encarecer os seus pagamentos mensais.
Transferir o Crédito
Por último, outra opção pode ser a transferência de crédito.
O facto de ter contratado o seu crédito habitação a um determinado banco não o obriga a um compromisso vitalício com a instituição em causa. Isto significa que pode transferir o seu empréstimo para outra entidade.
Para isso, terá de analisar as alternativas disponíveis no mercado e procurar aquela que se apresenta como mais vantajosa para si.
Desta forma, poderá conseguir transferir o crédito para um banco com spread mais baixo e condições mais vantajosas. O objetivo será um empréstimo mais barato.
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