O município de Sever do Vouga remeteu à EDP, através da sua participada Greenvouga – Sociedade Gestora do Aproveitamento Hidroeléctrico de Ribeiradio-Ermida, “todas as situações onde considerava haver alguma responsabilidade da entidade exploradora” da barragem na grande cheia ocorrida em fins do ano passado, aquando da depressão ‘Elsa’.
Informação transmitida pelo presidente do executivo, António Coutinho, em resposta ao pedido de informação do vereador Pedro Lobo (PSD) sobre “a possível abertura de um inquérito” ao sucedido nos dias 19 e 20 de dezembro no rio Vouga.
O líder da edilidade adiantou, em recente reunião camarária, que estava a ser elaborado “um relatório exaustivo, de todos os prejuízos, não só do rio, mas, também, da intempérie para a possível abertura de uma linha de apoio.”
A autarquia submeteu já uma candidatura ao apoio do Ministério da Agricultura, relacionada com os estragos na área agrícola.
Os eleitos do PSD na Câmara severense têm indagado a maioria PS sobre “o que é que tinha falhado aquando das cheias no rio Vouga”, defendendo a abertura de um inquérito que deveria ser acompanhado pelo município.
Sobre a resposta dada na altura pela Proteção Civil, o vereador Pedro Lobo afirmou que “os alarmes tinham falhado, dando o exemplo de se entrar numa estrada municipal, na zona do rio, e ter de se voltar para trás pelo facto de a água estar ao nível da estrada.”
O social democrata defendeu em ocorrências futuras a colocação de placards ou, até, de semáforos “para avisar as pessoas antecipadamente para não entrarem naquele circuito” pela EN 16.
A chuva intensa e o aumento do nível da água levou a descargas da barragem de Ribeiradio para o Rio Vouga, que galgou as margens causado estragos ao longo do seu percurso desde Sever do Vouga até ao Baixo Vouga, que obrigaram a cortar estradas, incluindo a A25, devido a inundações.
Através de efluentes, o centro da cidade de Águeda assistiu também a uma grande cheia. O presidente da Câmara local, Jorge Almeida, mostrou-se “surpreendido” com a gestão das descargas da barragem de Ribeiradio, gerando “caudais nunca vistos”.
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