O homem detido pela violação e homicídio de uma freira, em S. João da Madeira, é suspeito também de rapto, roubo e violação (na forma tentada) de outra mulher.
O Ministério Público (MP) no Tribunal de Santa Maria da Feira deduziu a acusação no final de fevereiro, refere uma nota da Procuradoria Distrital do Porto hoje divulgada.
Relativamente à freira de 60 anos, que foi encontrada sem vida a 8 de setembro do ano passado, o indivíduo incorreu em crimes de homicídio qualificado, violação, profanação de cadáver e de detenção de arma proibida.
No início da madrugada de 14 de agosto do ano passado, o arguido também terá perseguido uma mulher quando esta seguia apeada em direcção a casa, depois de sair do trabalho. Quando tentou esquivar-se-lhe, correu na sua direcção e abordou-a, agarrando-a por trás, com um braço à volta do pescoço.
“De seguida, refere a acusação, forçou-a a entregar-lhe o telemóvel e passou a arrastá-la, na direcção de um parque, com o intuito de a forçar a consigo manter relacionamento sexual”, o que não consumou por ter surgido um veículo automóvel e os ocupantes, estranhando o que sucedia, interpelarem o suspeito. A vítima acabaria por soltar-se e gritar por socorro.
Quanto à morte da freira, tudo terá começado quando o detido convenceu a vítima a transportá-lo a casa de automóvel por estar alcoolizado. Depois, refere o MP, impediu a vítima de abandonar o local agarrando-a pelo pescoço com um dos braços e socando-a na face e cabeça quando a mesma procurou resistir-lhe.
De seguida, com a mulher inconsciente por força da constrição do pescoço a que fora sujeita, o arguido despiu-a e manteve com ela trato sexual que perdurou por cerca de três horas. A acusação sustenta que parte do trato sexual foi mantido quando a freira já se encontrava já morta.
O arguido foi acusado como reincidente, tendo em conta os antecedentes criminais que já possui.
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