O Governo deverá ir ao encontro das insistências feitas pela Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) para dar nova vida à Polis Litoral Ria de Aveiro, sociedade pública participada pelos municípios criada em 2009 que se encontra em fase de liquidação.
A versão preliminar da chamada ‘Operação Polis 2’ foi partilhada pelo conselho de administração da empresa no mês passado pelos municípios para apreciação. Este será, certamente, um dos assuntos a abordar na Assembleia Intermunicipal agendada para dia 26 de abril.
Na última Assembleia Municipal de Ovar, o presidente da Câmara, Salvador Malheiro, deu como “quase certo” o acordo entre autarquias e Governo para prosseguir o trabalho da Polis Litoral Ria de Aveiro., que teve na empreitada de desassoreamento da laguna a intervenção de maior investimento (23,5 milhões de euros) A nova empresa deverá assumir a execução do projeto de desassoreamento da Barrinha de Esmoriz, que teve um arranque ‘em falso’ devido a “uma guerra judicial fortíssima”. A obra ficou por pouco mais de um terço do total, sendo necessário lançar novo concurso.
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Em Aveiro, Ribau Esteves, que lidera a CIRA, deixou mais alguns pormenores, também em sede de reunião da Assembleia Municipal, quando fazia um ponto de situação da preparação dos novos fundos comunitários do Portugal 2030. Segundo o edil, a ‘Polis 2’, além de dar continuidade a projetos de qualificação e valorização da Ria de Aveiro, “receberá duas novas tipologias” relacionadas com intervenções de defesa costeira (fora da praia), de desassoreamento da pateira de Fermentelos (projeto já pronto), de despoluição de rios “que ainda aportam poluentes” para pateira / Ria (Cértima e Levira), bem a “importante” regularização do leito e estabilização de margens no Rio Vouga (troço até Paradela do Vouga).
Os municípios da CIRA têm reclamado para si o poder de “gestão da Ria”, defendendo, também, a continuidade da sociedade Polis Litoral “para promover os investimentos necessários”.
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