Sismicidade em Portugal

396
Sismos (IPMA).

Portugal, situado na confluência das placas tectónicas Euroasiática e Africana, encontra-se numa zona de moderada a elevada atividade sísmica. Os eventos sísmicos, como o terramoto de 1755 ou os abalos mais recentes, relembram-nos da importância de estarmos preparados para este tipo de fenómeno natural, cuja ocorrência é inevitável.

Por Diogo Fernandes Sousa *

Está a ler um artigo sem acesso pago. Faça um donativo para ajudar a manter o jornal online NotíciasdeAveiro.pt gratuito.

A proximidade à fronteira de placas tectónicas torna o território português vulnerável a sismos. Na região do Atlântico, ao largo de Portugal, destaca-se a falha Açores-Gibraltar, uma área de grande instabilidade geológica. Além disso, existem outras áreas de risco, como a região de Lisboa e o vale inferior do Tejo, onde falhas geológicas ativas podem provocar sismos de magnitude significativa.

Os fatores que tornam os sismos mais recorrentes incluem o movimento lento, mas constante das placas tectónicas e as tensões acumuladas nas falhas geológicas. Estes processos são naturais e imprevisíveis, mas a recorrência dos eventos sísmicos reforça a necessidade de adotar estratégias preventivas.

Os impactos de um sismo vão além da destruição imediata de infraestruturas. Incluem a interrupção de serviços essenciais, tais como água, eletricidade e comunicações, e as consequências económicas e sociais de longo prazo, como o desalojamento e a reconstrução.
Embora não seja possível evitar a ocorrência de sismos, existem várias medidas que podem ser adotadas para minimizar os seus impactos, tais como, a educação e sensibilização da população, o reforço estrutural de edifícios aquando da sua reabilitação, a implementação de um plano de emergência, o investimento em sistemas de monitorização sísmica e alerta precoce e a realização de simulações e exercícios de preparação.

A sismicidade em Portugal não é uma questão de “se”, mas de “quando”. Aceitar esta realidade e agir preventivamente é o caminho para mitigar os danos e proteger a população.
Portugal tem a vantagem de aprender com os eventos passados e as boas práticas de outros países. O Japão, por exemplo, é um exemplo de excelência em preparação para sismos, com edifícios projetados para resistir a tremores de alta magnitude e uma população amplamente educada sobre como agir em caso de emergência.
Investir em prevenção é um compromisso para proteger a população e o património e isso começa com a consciência de que todos têm um papel a desempenhar na construção de uma sociedade mais resiliente perante os desafios naturais.

* Escritor do Livro “Rumo da Nação: Reflexões sobre a Portugalidade”. Professor do Instituto Politécnico Jean Piaget do Norte.

Siga o canal NotíciasdeAveiro.pt no WhatsApp.

Publicidade e serviços

» Pode ativar rapidamente campanhas promocionais no jornal online NotíciasdeAveiro.pt, assim como requisitar outros serviços. Consultar informação para incluir publicidade online.