Sintra: o segredo mais bem escondido da capital

1177
Sintra.

A cerca de 30 quilómetros de Lisboa, no coração da Serra de Sintra, ergue-se uma das pérolas mais preciosas de Portugal.

Com uma atmosfera mística e paisagens de cortar a respiração, Sintra é um destino imperdível para quem visita a capital. Embora tecnicamente seja uma vila independente, a sua proximidade a Lisboa faz deste o destino perfeito para uma escapadela de um dia ou um refúgio mais prolongado – pode encontrar mais informações da sua estadia com este estudo da Holidu. O património histórico, a beleza natural e o charme romântico tornam-na um dos segredos mais bem guardados da região de Lisboa.

Património Mundial da UNESCO

O reconhecimento de Sintra como Património Mundial da UNESCO, na categoria de Paisagem Cultural, em 1995, reforça o valor único desta vila. Sintra é uma das poucas paisagens culturais do mundo que combina de forma harmoniosa a intervenção humana com a natureza exuberante. O resultado é um conjunto arquitetónico e natural de rara beleza, onde palácios, quintas e jardins convivem com a vegetação luxuriante da serra.

A Serra de Sintra, com o seu microclima único, alberga uma vasta diversidade de fauna e flora. As suas encostas cobertas de densa vegetação, por vezes envoltas em nevoeiro, criam uma aura quase mágica que ao longo dos séculos inspirou reis, poetas e artistas. Muitos consideram Sintra como um lugar de retiro e contemplação, onde o espírito romântico se manifesta em cada recanto.

O sonho romântico do Palácio Nacional da Pena

Um dos marcos mais icónicos de Sintra é o Palácio Nacional da Pena, uma construção que parece saída de um conto de fadas. Situado no topo de uma das colinas da serra, este palácio de cores vibrantes é um exemplo exemplar do romantismo europeu do século XIX. Foi mandado construir por D. Fernando II, conhecido como o “rei-artista”, que se inspirou em várias influências arquitetónicas, desde o gótico até ao renascentista, criando um dos edifícios mais extravagantes e singulares de Portugal. O interior do palácio é igualmente fascinante, com salas ricamente decoradas que transportam os visitantes para uma época de esplendor real.

O mistério da Quinta da Regaleira

Se há um lugar em Sintra envolto em mistério é a Quinta da Regaleira. Construída no início do século XX por António Augusto Carvalho Monteiro, a quinta é uma obra-prima da arquitetura neomanuelina e romântica, repleta de referências místicas e alquímicas.

O ponto alto da visita à Quinta da Regaleira é uma torre invertida subterrânea que desce em espiral até às profundezas da terra. Este poço, que nunca foi usado para fins práticos, é um símbolo de iniciação e renascimento, ligado às tradições esotéricas. Além disso, os jardins da Regaleira estão repletos de grutas, túneis e lagos escondidos, oferecendo um ambiente enigmático onde cada recanto parece contar uma história.

O Palácio de Monserrate

Outra joia de Sintra que não deve ser ignorada é o Palácio de Monserrate, um edifício de inspiração oriental que reflete o gosto exótico do século XIX. O palácio é uma obra-prima da arquitetura romântica, combinando elementos góticos, indianos e mouros. As suas cúpulas e detalhes ornamentais fazem lembrar os palácios da Índia e do Médio Oriente, criando uma estética única e exótica. Os jardins de Monserrate são considerados dos mais bonitos de Portugal. Repletos de espécies botânicas vindas dos quatro cantos do mundo, os jardins estendem-se por um vasto parque que inclui cascatas, fontes e ruínas artificiais, oferecendo uma experiência sensorial que combina natureza e arte.

Castelo dos Mouros

O Castelo dos Mouros é um dos monumentos mais antigos de Sintra e um testemunho da presença islâmica na Península Ibérica. Construído no século X pelos mouros, o castelo oferece uma vista panorâmica deslumbrante sobre toda a região, incluindo o Palácio da Pena e o oceano Atlântico ao longe.

Percorrer as muralhas do castelo é como fazer uma viagem ao passado, numa época em que Sintra era uma fortaleza estratégica na defesa da cidade de Lisboa. Hoje, o castelo é um dos locais mais visitados de Sintra, não só pela sua importância histórica, mas também pela beleza natural envolvente, com trilhos que serpenteiam pela serra até ao cume.

As parecenças de Sintra com Aveiro: o misticismo partilhado

Tanto Sintra como Aveiro partilham um certo misticismo que os torna destinos únicos em Portugal, embora cada uma à sua maneira. Sintra, com os seus palácios envoltos em névoa, jardins e monumentos enigmáticos emana uma aura de mistério e fantasia que transporta os visitantes para outra era. Aveiro, por outro lado, oferece um encanto mais discreto, mas igualmente envolvente, com os seus canais tranquilos, barcos moliceiros coloridos e a calmaria das salinas. Ambas as cidades são lugares de contemplação, onde o ambiente natural se funde com a arquitetura e tradições locais, proporcionando uma experiência quase mágica. Se em Sintra o nevoeiro da serra contribui para o cenário romântico e misterioso, em Aveiro é a serenidade da água que cria um sentimento de tranquilidade e introspeção, ligando-as pelo seu caráter místico e envolvente.

Sintra é muito mais do que um simples destino turístico; é um lugar onde a história, a natureza e o misticismo se entrelaçam, criando uma atmosfera única. A combinação de palácios extravagantes, castelos antigos, jardins exóticos e uma serra envolta em névoa faz de Sintra um dos locais mais mágicos de Portugal. Quer seja pela sua arquitetura deslumbrante, pelos seus doces tradicionais ou pelos seus mistérios ocultos, Sintra é um destino que nunca deixa de surpreender e fascinar os seus visitantes. Para quem visita Lisboa, Sintra é um segredo bem guardado que merece ser desvendado e explorado. Cada recanto desta vila oferece uma nova descoberta, um novo encanto. E, talvez por isso, Sintra continue a ser o segredo mais bem escondido da capital.

Publicidade, serviços e donativos

» Pode ativar rapidamente campanhas promocionais, assim como requisitar outros serviços em NotíciasdeAveiro.pt.

Aceder a plataforma online.

O Notícias de Aveiro tem canais próprios para informação não jornalística como é o caso deste artigo »» ler estatuto editorial.