A direção regional da Beira Litoral do CESP – Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, agendou para esta terça-feira, em Esmoriz, Ovar, “uma ação de denúncia” de irregularidade laborais que serão cometidas pela cadeia de ‘grande distribuição’ Pingo Doce, uma das maiores do País.
“Os trabalhadores não aceitam que se diminua o valor do pagamento do trabalho suplementar, não aceitam o banco de horas, a discriminação salarial entre trabalhadores, a constante pressão, perseguição, repressão e assédio sobre os trabalhadores e representantes sindicais”, refere uma nota de imprensa.
O CESP tem vindo ao longo dos últimos anos a promover “acções de denúncia” à porta de supermercados e hipermercados protestando contra “a política que estas empresas têm vindo a adoptar de desrespeito pelos trabalhadores.”
O Pingo Doce é acusado de no âmbito da negociação colectiva “querer roubar nos direitos dos trabalhadores.”
O sindicato organiza uma concentração protesto em Esmoriz, pelas 11:00, esta terça-feira, “exigindo respostas da empresa às reivindicações e resolução dos problemas dos trabalhadores”.
Os trabalhadores pretendem uma negociação do contrato colectivo de trabalho sem redução do valor pago pelo trabalho suplementar e sem banco de horas, o fim da tabela B, a mais baixa (que se aplica a vários distritos do país, nomeadamente Aveiro) e o o aumento de salário para todos os trabalhadores com aumento mínimo de 40 euros.
Outras exigências passam pelo aumento do subsídio de alimentação para 6 euros/dia, o fim da discriminação salarial entre trabalhadores, passagem a efectivos dos trabalhadores com vínculos precários a ocupar postos de trabalho permanentes, subsídio de frio.