Sever do Vouga: Maioria PSD-CDS preocupada com situação financeira herdada

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Paços de Concelho de Sever do Vouga (Foto Facebook da Câmara de Sever do Vouga).
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“Ao contrário do que se dizia” na anterior gestão de maioria PS, a Câmara de Sever do Vouga não tem “contas certas” nem está “financeiramente estável”.

Informação transmitida pelo presidente da edilidade, Pedro Amadeu Logo, ao apresentar os resultados do exercício de 2021 na Assembleia Municipal.

Segundo refere um comunicado da atual maioria PSD-CDS, existe um saldo negativo de 710 mil euros nas contas camarárias.

Pedro Amadeu Lobo manifesta-se “apreensivo” igualmente “com o trabalho de análise” que está a ser realizado às empreitadas locais.

“Já concluímos que temos um ‘déficit’ superior a 2 milhões de euros nas obras em curso, lançadas pelo anterior executivo e cujos custos não estavam devidamente previstos e orçamentados, faltando contabilizar a totalidade de trabalhos a realizar e a compra de terrenos”, adiantou o edil.

Os “factos” transmitidos aos deputados municipal surgem referidos no relatório do Revisor Oficial de Contas (ROC), que também “alerta para eventuais prejuízos – não contabilizados – da relação contratual estabelecida entre a edilidade e a AdRA – Águas da Região de Aveiro e que nunca foram ponderados”.

“A verificar-se esta previsão, teremos uma situação insustentável nas contas da autarquia”, declarou Pedro Amadeu Lobo.

O relatório de prestação de contas relativo ao exercício económico de 2021 foi aprovado pela Assembleia Municipal a 29 de abril. O ano ficou marcado pela alteração do executivo camarário decorrente das eleições autárquicas.

A maioria de direta espera que a situação encontrada “não coloque em causa a sustentabilidade da Câmara Municipal e a concretização de projetos que possam beneficiar dos apoios ao Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) ou ao Portugal 2030 que permitirão minimizar, significativamente, o esforço financeiro a despender pelo município.”

Auditoria à gestão do PS

A Câmara decidiu encomendar uma auditoria externa à gestão do último mandato autárquico para clarificar “situações complexas, relacionadas alegadamente com a falta de cumprimento de procedimentos em áreas-chave” da ação do executivo. Pretende-se “conhecer com rigor os procedimentos, identificar eventuais falhas e adoptar procedimentos de melhoria, bem como identificar e corrigir eventuais irregularidades, de modo a poder prevenir os interesses do município, evitando constrangimentos futuros inesperados.

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