Passou-se mais de uma década desde que a Bitcoin foi lançada pela primeira vez e, hoje em dia, há uma miríade de criptomoedas no mercado, tais como a NEO, Litecoin e Ethereum, mas a Bitcoin ainda continua a ser a mais conhecida. A criptomoeda é uma forma de divisa digital que não requer quaisquer sistemas bancários centrais.
Esta assenta numa plataforma designada por blockchain e as Bitcoins são “minadas” em troca de recompensas em Bitcoin. Qualquer um pode minar Bitcoin e, como as transações têm de ser verificadas por vários indivíduos, não há qualquer necessidade de haver um banco central para controlá-la, tornando-a assim descentralizada. Mas não tem de minar Bitcoins para conseguir tê-las, hoje em dia, muitas pessoas estão simplesmente a investir em criptomoedas através de bolsas de criptomoedas certificadas.
Mas será que as criptomoedas proporcionam um bom investimento? E se assim for, será este ano um bom ano para investir? Certamente que tem sido um ano interessante até agora, composto por uma viagem atribulada em termos de muitos investimentos, com flutuações de preço, maioritariamente devidos à pandemia da Covid-19. O valor da Bitcoin ascendeu até aos 9000 $, tendo registado um mínimo de 4000 $, antes de recuperar até cerca dos 6600 $, assinalando desta forma as maiores flutuações desde 2017.
A subida mais recente no valor da Bitcoin, bem como de outras criptomoedas, pode ter sido espoletado pelo alívio quantitativo da Reserva Federal dos EUA, uma tentativa de reduzir os danos que o Coronavírus poderá provocar na economia.
Isto levou alguns investidores a optarem por investir na Bitcoin, entre outras criptomoedas, para limitarem a potencial desvalorização da moeda provocada pelo alívio quantitativo. Dado que há um número finito de Bitcoins no mercado, alguns acreditam que esta não deve encontrar-se suscetível a estas desvalorizações, dado que a quantidade de novas Bitcoins a serem minadas está sempre a reduzir. O aumento na procura e a redução no fornecimento devem impulsionar o valor, em linha com os princípios de oferta e procura, segundo especialistas como Srdjan Mahmutovich, criptoanalista e CEO da Kriptomat.
As criptomoedas tornaram-se populares após a crise económica de 2018, quando o valor das ações e investimentos tradicionais levou uma forte pancada. Similarmente, desde que começaram a surgir as primeiras notícias no novo surto do Coronavírus, os volumes de negociação nas bolsas seguras pareceu ter aumentado.
As bolsas de negociação de criptomoedas Binance e Kriptomat também registaram um aumento no investimento e crescimento significativo. Certamente que se começa a ver que o alívio quantitativo tem sido o catalisador para os investidores que procuram soluções alternativas.
Mas há outro motivo para considerar o investimento em criptomoedas este ano – o terceiro halving da Bitcoin este maio último, o que significa que o número de Bitcoins disponíveis foi reduzido para metade. Isto significa menos oferta e, com a pandemia a impulsionar a procura, alguns antecipam que o mercado estará em alta por muito tempo.
Se a performance passada for um indicativo, um halving é provável de impulsionar os valores da Bitcoin. O primeiro halving em 2012 viu um aumento deslumbrante de 8000% no valor da Bitcoin em relação ao período homólogo do ano transato, e o segundo, em 2016, viu o valor da Bitcoin subir 2000% nos 18 meses subsequentes.
Sem um fim à vista para a atual situação pandémica, muitas empresas estão a perder valor, se conseguirem sobreviver de todo, portanto, as ações tradicionais estão a levar uma valente pancada. Será que as criptomoedas podem ser consideradas um porto seguro este ano? O mercado não deixa de ser flutuante, mas os investidores mais persistentes podem estar preparados para arriscar.
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