Um septuagenário que abusou sexualmente de uma menina com deficiência mental, no concelho de Ílhavo, foi condenado pelo Tribunal de Aveiro a três anos e nove meses de prisão, pena que ficou suspensa com várias obrigações.
O arguido terá de pagar uma compensação de 3 mil euros à ofendida, que à data dos factos tinha 13 anos.
Ficou, ainda, proibido de manter atividades ou ter a seu encargo menores durante seis anos. Está, também, proibido, de contactar ou se aproximar da vítima.
Os factos remontam a agosto de 2019. Aproveitando-se da relação de amizade com menina, neta de uma vizinha, que chegava a transportes à escola e o chamava de avô, o homem de 75 anos aliciou-a com chocolates para ir a sua casa, onde, refere a acusação, a submeteu a “atos sexuais de relevo” (toques e carícias).
Estranhando a ausência da neta, a avó deslocou-se à casa do vizinho encontrando-a desnudada. Depois de ter pedido explicações ao homem e denunciado a situação aos filhos, apresentou a queixa policial que daria origem ao processo agora julgado.
Aquando da detenção, o septuagenário assumiu todos os factos mas no julgamento mudou o discurso, garantindo que encontrou a menina já desnudada e atribuiu a denúncia da avó como tentativa de lhe extorquir dinheiro. Versão a que o tribunal não deu crédito. O homem também não explicou porque não avisou a vizinha que ia levar a neta para sua casa.
A favor do arguido pesou a idade e a ausência de antecedentes, bem como a menor gravidade dos abusos cometidos.
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