Um antigo industrial de Aveiro foi hoje condenado pelo Tribunal de Aveiro a uma pena de três anos e meio de prisão, em cúmulo jurídico, que ficou suspensa, por crimes de homicídio na forma tentada, ameaça à integridade física, igualmente tentada, e ainda posse de arma proibida.
O arguido, septuagenário atualmente a residir no estrangeiro, viu ‘caírem’ outros dois crimes que lhe eram imputados: um de coação e um de ofensa à integridade física, dos quais foi absolvido.
Os factos julgados ocorreram aquando de uma discussão mantida com um cunhado, motivado por divergências relacionadas com as partilhas dos sogros, durante um encontro mantido com o familiar e um outro indivíduo em abril de 2014, tendo envolvido ameaças e disparos para o ar.
Apesar da atenuação especial da pena, levando em conta a inexistência de antecedentes criminais, idade avançada e tratarem-se de crimes na forma tentada, o juiz presidente não deixou de censurar o comportamento do septuagenário ao atentar contra a vida do cunhado. “Até pode dizer-nos que não foi nada, mas houve um disparo. Se a pistola não tivesse encravado, estávamos aqui a discutir penas de 15 ou 20 anos e uma vida destruída. Esperamos que reflita sobre isso, os problemas familiares não se resolvem desta forma. Ter armas em casa nunca é bom quando estas coisas acontecem”, afirmou o magistrado após a leitura do acórdão.
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