Segurança Rodoviária: Acidentes com tendência de aumento / ‘Pontos negros’

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GNR (foto de arquivo).
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A sinistralidade rodoviária é uma tragédia mundial e a primeira causa de morte dos 5 aos 24 anos. Todos os anos morrem 1,35 milhões de pessoas em todo o mundo. São 3.700 pessoas por dia, 1 pessoa a cada 24 segundos. Em Portugal, a média rondará cerca de 600 pessoas, segundo dados revelados pela CNN Portugal.

Depois de um decréscimo verificado desde 2018, no primeiro semestre de 2023 verificou-se um aumento face a 2022, com índices equiparados a 2019. 2023 pode terminar com um aumento da sinistralidade.

O último relatório da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), de dezembro de 2022, revela que 59,2% das infrações registadas foi referente a excesso de velocidade. Em relação à natureza dos acidentes, a colisão foi a mais frequente (51,9% dos acidentes), com 39,8% das vítimas mortais e 43,8% dos feridos graves. Seguida pelos despistes, que representaram 34,5% do total de acidentes e corresponderam à principal natureza de acidente na origem das vítimas mortais (45,2%).

Deve consultar um escritório de advogados especializado para apresentar uma reclamação por acidente de viação.

» A ANSR enviou quase 300 mil multas até finais de junho. Menos de metade foram pagas, sendo que este último valor já ascende a 5,6 milhões de euros;

» Até ao final de junho de 2023, foram detetados em excesso de velocidade 592.837 veículos, dos quais 187.855 foram registados pelos radares.

Campanha “Dê prioridade à vida”.

A ANSR lançou uma campanha: “Dê prioridade à vida”. É em agosto que as deslocações rodoviárias “são mais longas e frequentes”. Metade da extensão da rede rodoviária com maior concentração de acidentes mortais e metade das vítimas mortais dizem respeito aos distritos de Lisboa, Setúbal, Porto, Leiria e Aveiro.

“Pontos negros”

Estão identificados 175 locais, que têm uma extensão acumulada de cerca 325 quilómetros, onde se registaram 468 vítimas mortais. Lisboa é o distrito onde se registaram mais vítimas mortais nos locais com maior concentração de acidentes mortais (53 vítimas mortais), sendo o trecho da marginal (EN6) entre a praia de Carcavelos e Cascais (km 11,2 ao km 18,5) aquele que mais vítimas mortais registou, não só a nível distrital, mas também a nível nacional: 12.

De seguida, temos o troço entre o km 20,9 e 29,8 da EN4 no distrito de Setúbal que registou oito vítimas mortais, e troço entre o km 217,4 e o km 211,2 da A1 no distrito de Aveiro que registou sete vítimas mortais.

IC2, IC1, A1, EN125, EN18, EN4 e EN109 representam um terço das vítimas mortais nos locais de concentração de acidentes mortais

O IC2, que atravessa os distritos de Aveiro, Coimbra, Leiria, Santarém e Lisboa, é a estrada que tem o maior número de locais de concentração de acidentes mortais – 13 – numa extensão acumulada de 24 quilómetros e onde se registaram, no período em análise, 31 vítimas mortais.

A A1 tem 10 locais de concentração de acidentes mortais distribuídos pelos distritos do Porto, Aveiro, Santarém e Lisboa, numa extensão acumulada de 22 quilómetros e onde também 31 pessoas perderam a vida no mesmo período

O IC1 nos distritos de Beja e Setúbal registou seis locais de concentração de acidentes mortais, onde em 25 quilómetros morreram 20 pessoas.

Na EN125 também se registaram seis locais de concentração de acidentes mortais, onde 17 pessoas perderam a vida no período de referência, numa extensão acumulada de 13 quilómetros.

A EN18, que atravessa os distritos de Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja, também registou seis locais de concentração de acidentes mortais em 11 quilómetros, com 16 vítimas mortais.

A EN4 nos distritos de Setúbal, Évora e Portalegre registou 18 vítimas mortais em cinco locais de concentração de acidentes mortais, e a EN109 em Leiria e Coimbra, 16 vítimas mortais, distribuídas por cinco locais de concentração de acidentes mortais.