O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) constitui três arguidos e identificou 10 atletas em situação irregular no país, no âmbito de uma operação em clubes dos distritos de Aveiro, Coimbra, Leiria, Guarda, Viseu e Castelo Branco.
No decorrer da operação, foram efetuadas buscas domiciliárias na residência de um agente desportivo, o qual foi constituído arguido por auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos, tendo ainda sido constituído arguido um atleta, por falsificação de documentos, e um clube, por auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos.
A fiscalização decorreu na última semana, “direcionada para a verificação das condições de entrada e permanência de futebolistas estrangeiros a exercer a atividade”.
Segundo o SEF, foram fiscalizados 26 clubes de futebol e identificados 502 atletas, dos quais 194 eram estrangeiros.
Uma dezena de ilegais
10 encontravam-se “em situação documental irregular, ou seja, não habilitados à prática de qualquer atividade em Portugal”.
Nove foram notificados para abandono voluntário do país, no prazo de 20 dias, sob pena de, em caso de incumprimento, virem a ser detidos e objeto de processos de afastamento coercivo.
Um outro cidadão foi notificado para comparência no SEF, uma vez que dispunha de condições para requerer a respetiva regularização documental.
A operação tinha como objetivos “a prevenção e a sinalização de situações enquadráveis em comportamentos criminalizados, designadamente tráfico de pessoas e auxílio à imigração ilegal, mas também o propósito de apurar qual o grau de cumprimento das determinações legais e regulamentares, do ponto de vista desportivo em vigor, algumas recentemente implementadas pela Federação Portuguesa de Futebol”.
“Ficou confirmado pelo SEF, o resultado positivo do trabalho desenvolvido por um grupo de trabalho onde está representado o SEF, a Federação Portuguesa de Futebol, a Liga e o Sindicato de Jogadores, que, em conjunto, têm vindo a alterar a imagem negativa associada à situação de ilegalidade e exploração de atletas estrangeiros em Portugal”, refere o comunicado.
Na última ação do mesmo género, realizada pelo SEF, no final de 2018, “num universo menor de clubes e atletas estrangeiros identificados, cerca de 18% estavam em situação ilegal, sendo que agora essa percentagem ficou-se pelos 5%.”