O PS diz que a opção de Ribau Esteves de manter a tesouraria municipal com saldo elevado, rondando atualmente 52 milhões de euros, não só impede recuperar mais rapidamente a autonomia plena de gestão, nomeadamente na vertente fiscal, como está a atrapalhar a capacidade de execução.
Nas contas do vereador João Sousa, que falava na última reunião do executivo, realizada em Nossa Senhora de Fátima, a propósito do relatório do Plano de Ajustamento Municipal (PAM) do primeiro trimestre de 2018, a Câmara está “a 23 milhões de euros de sair das exigências” impostas para o empréstimo de saneamento financeiro e não o faz “por opção política”.
O eleito socialista sublinhou as conclusões do Fundo de Apoio Municipal (FAM) constatando o “desempenho superior ao esperado”. A oposição camarária reafirmou que “a situação extremamente favorável” deveria ser usada para “libertar” a gestão dos constragimentos, ficando livre para fixar taxas e impostos locais. A revisão do PAM, no entender do PS, deveria ter sido aproveitada nesse sentido.
“Mas não, continua tudo como dantes, apesar da descida residual do IMI”, lamentou João Sousa, para quem a maioria ao ver-se “com dinheiro em caixa” prefere “fazer obra que não se fez durante 15 anos, tudo à pressa. Não fica bem feita e poderia ser obra mais pensada”.
“Fala do ministro Centeno, que é o cativador oficial, Em Aveiro, o presidente é o recebedor oficial”, ironizou João Sousa a rematar a discussão do ponto.
“É tão bom falar dos saldos” – presidente da Câmara
“É tão bom falar dos saldos, quando antes se falava das dívidas que não se pagavam, a ninguém, uma vergonha. Somos os mais atrasados do país, com carências de grandes investimentos. Falamos de desvios positivos, tudo isto é bom. Também baixámos o IMI. O nível de investimento grande é importante” – Ribau Esteves.
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