O SNPC-Sindicato Nacional da Proteção Civil têm vindo acompanhar a situação dos Sapadores Florestais que de norte a sul do país, sejam em Associações Privadas ou Entidades Públicas, executam diariamente um papel importante na defesa da floresta em Portugal.
Por Alexandre Carvalho *
O programa de sapadores florestais foi criado em 1999 tem 21 anos de retrocessos laborais, onde para além dos investimentos feitos nesta legislatura, no que toca a meios materiais, (viaturas, equipamentos e apoios para as entidades), tem-se esquecido cada vez mais, que é importante reformular todo o programa e ajusta-lo à realidade dos tempos em que vivemos.
A criação da nova Força de Sapadores Bombeiros Florestais do INCF revela a discriminação a que os Sapadores Florestais estão sujeitos ao longo de vários anos, facto esse que lamentamos e afirmamos que são estes homens e mulheres que de norte a sul do país executam um papel importantíssimo na prevenção e defesa da nossa floresta.
Importa salientar e reconhecer o valioso trabalho que estes operacionais executaram durante o período critico em matéria de vigilância como em ações de combate, apoio ao combate, rescaldo e consolidação pós-incêndio.
O SNPC reafirma que estes operacionais são de todos os Agentes de Proteção Civil os únicos a auferirem o salário mínimo nacional, que executam diariamente tarefas de elevado risco, em condições precárias derivado aos terrenos de difícil acesso, às condições meteorológicas adversas seja de inverno ou de verão.
Neste sentido, o SNPC iniciou a ‘Jornada de Luta Nacional sobe o lema Dignificar e Valorizar’ o Trabalho e os trabalhadores, sendo portanto urgente, criar acessos à integração na nova Carreira Profissional da recente Força de Sapadores Bombeiros Florestais do ICNF, que para todos nós é o reconhecer do esforço diário e que garanta justiça salarial face ao trabalho realizado.
Durante este período iniciaremos contactos com os trabalhadores, levaremos até à sociedade civil o papel que os Sapadores Florestais têm para a nossa floresta, continuaremos a ronda de reuniões com os Grupos Parlamentares e iremos solicitar reuniões com o Ministério da Administração Interna, Ministério do Trabalho e Segurança Social, Ministério do Ambiente, Instituto da Conservação da Natureza e Florestas e ainda iremos solicitar uma audiência ao Sr. Presidente da República para que este tenha presente a dificuldade em ser Sapador Florestal em Portugal.
Esta luta finalizará com uma ação de rua junto ao Ministério do Ambiente para que todos possam ouvir as justas reivindicações dos Sapadores Florestais.
* Coordenador Nacional do Setor Florestal do Sindicato Nacional da Proteção Civil.