São Jacinto desespera por transportes fiáveis

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Edifício-sede da Junta de Freguesia de S. Jacinto, Aveiro.

O presidente da Junta de Freguesia de S. Jacinto aproveitou a sessão da Assembleia Municipal ali realizada, esta sexta-feira, para reclamar melhores transportes.

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É um problema de sempre, que continuar a manter a população a viver condicionada pelo “isolamento e a distância” para a sede do concelho, o que torna a disponibilidade e bom funcionamento das ligações fluviais e rodoviárias determinantes no dia-a-dia.

A chegada do ferry elétrico criou muitas expetativas, mas ainda persistem queixas ao final de um ano de atividade, a que o presidente da Junta resolveu dar eco na Assembleia Municipal descentraliza.

Em causa, “o elevado número de ocorrências e falhas mecânicas que levaram a algumas situações insustentáveis e incompreensíveis, para além de que o ‘plano b’, a lancha Transria, esteve inoperacional largos meses”, queixou-se Arlindo Tavares, eleito pela coligação PSD-CDS, dando conta dos “graves transtornos” vividos por quem necessita de chegar à outra margem.

Arlindo Tavares relembrou, ainda, que os horários previstos para casos de supressão fluvial, embora revistos, continuam a merecer discordância no que toca ao transbordo no terminal rodoviário, entre a linha da supressão e a linha 36. “Estamos a falar de situações excecionais e muito pontuais, pelo que o entendimento dos dois operadores de transportes é vital”, pediu o autarca, apelando à Câmara para “pressionar quem de direito a corrigir estas situações”.

Salicórnia “continua a exigir afinação e formação”

Na resposta, o líder da edilidade, começou por referir “a coincidência” da paragem da lancha Transria, com avarias no motor, deixando ferry sem alternativa quando inoperacional nas suas próprias falhas, que relativizou atendendo tratar-se de uma “navio único”, que “continua a exigir afinação e formação”. Ainda assim, o desempenho é considerado satisfatório com um total de carreiras suprimidas inferior a 2%. O ano terminou com 28 supressões em novembro e 47 supressões em dezembro, tendo atravessado o verão sem problemas (declarações na Assembleia Municipal abaixo).

2º concurso para o parque de campismo com desfecho conhecido proximamente

A Assembleia Municipal descentralizada realizou-se em São Jacinto pela primeira vez após a conclusão do programa de saneamento financeiro da Junta de Freguesia montado pela Câmara, que contemplou numa parte perdão de dívida (pagamentos que seriam devidos ao município pela exploração do parque de campismo). A contrapartida foi a entrega do complexo desportivo, que a autarquia vai requalificar.

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Um dos principais projetos em curso para São Jacinto é mesmo o novo parque de campismo, que se encontra em fase concurso público. É a segunda tentativa de arranjar empreiteiro. Ribau Esteves adiantou que o prazo de entrega de propostas termina segunda-feira. Mais adiantada está a obra de reabilitação da piscina, que foi adjudicada por quase 580.000 euros aguardando-se o seu arranque. Ouviram-se alertas, também, para os problemas crónicos com águas pluviais. O presidente da Câmara admitiu a necessidade de “um grande investimento” para criar bacias de retenção, mas para tal será necessário o município assumir a posse da frente ria, gerida pelo Porto de Aveiro, que o Governo tarda em transferir.

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