Salvaguarda de espólio industrial enriquece Museu do Calçado em S. João da Madeira

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Museu do Calçado.

A Câmara de S. João da Madeira decidiu tomar medidas para a salvaguarda de património da fábrica Helsar que seja de “interesse para a história do calçado”. O mesmo deverá suceder com espólio da Evereste, que também encerrou.

Segundo Jorge Vultos Sequeira, líder da edilidade, a aquisição “permite preservar uma parte importante do espólio da empresa, que ficará no Museu do Calçado”.

A Helsar, que foi reconhecida internacionalmente, encerrou no final de 2019. “O objetivo é preservar peças de valor patrimonial para a história do concelho, contribuindo para a promoção da memória industrial sanjoanense”, explica a autarquia.

O espólio permitirá desenvolver novas atividades no Museu do Calçado, além de enriquecer as visitas orientadas, oficinas pedagógicas e exposições temporárias ou itinerantes.

A Câmara anuncia que irá agir da mesma forma em relação à fábrica Evereste, outra unidade que deixou de laborar este ano, onde importa “salvaguardar o património relevante para a história do calçado” que exista nas instalações.

» O processo está a ser coordenado a nível técnico e científico pelo Museu do Calçado, tendo em vista a recolha, valorização e proteção de um importante património histórico, constituído por mais de 500 bens, distribuídos entre mobiliário, maquinaria, amostras de calçado, elementos publicitários e documentação variada, para além de um importante núcleo de calçado que caracteriza a evolução no design e processos de fabrico adotados pela empresa, desde o momento da sua fundação, em 1979, até ao ano do seu encerramento.

“Este é um projeto que tem em vista a preservação da cultura e identidade locais, defendendo um legado histórico muito relevante e lançando um olhar para a valorização industrial, cultural e turística do concelho”, explicou Joana Galhano, diretora do Museu do Calçado.

Discurso direto

“Este é um espólio ímpar para a história do nosso território e da indústria de calçado. A possibilidade da sua salvaguarda vai permitir o estudo e preservação da memória da empresa e, consequentemente, a consolidação do conhecimento já existente em torno da memória da indústria do calçado em S. João da Madeira e do design de calçado em Portugal”- Jorge Vultos Sequeira, presidente da Câmara de S. João da Madeira.

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