O presidente da Câmara de Águeda não confirmou uma deslocalização de trabalhadores da fábrica local da multinacional indiana Sakthi, no Parque Empresarial do Casarão, inaugurada em fevereiro de 2017 com a presença do Primeiro-Ministro, António Costa.
O jornal semanário Soberania do Povo adianta na sua última edição que a empresa foi confrontada com uma quebra de encomendas de importantes clientes, como a Continental e a Volkswagen (esta em 30%).
Os ajustamentos passaram, de acordo com a notícia, por deslocalizar, temporariamente, para a sede, na Maia, os funcionários de um dos dois turnos da produção.
O tema foi levantado na Assembleia Municipal de Águeda, ontem à noite, pelo deputado do CDS Miguel Oliveira, solicitando informação à Câmara.
O líder da edilidade adiantou que “ficou preocupado” ao ser confrontado pela imprensa local e contactou o presidente da empresa, Jorge Fesch, por duas vezes, que não confirmou a deslocalização de colaboradores de Águeda para a Maia. O responsável informou que tinha em curso um programa de formação para encomendas da BMW que obriga a presenças na fábrica nortenha e inclusivamente a deslocações à Alemanha.
“Dou o benefício da dúvida, atendendo ao passado da Sakthi em Águeda”, referiu Jorge Almeida, acreditando no cumprimento das “expetativas de crescimento” da fábrica local.
Projetada e construída em 11 meses, a fundição especializada em metais duros custou 30 milhões de euros, empregando 135 pessoas.
A segunda fase de investimento aponta para mais 50 milhões de euros e a criação de 1500 postos de emprego.