O presidente da Câmara de Aveiro acusou personalidades “socialistas” locais, cujos nomes promete vir a denunciar, de colocarem a circular “rumores e calúnias” pondo em causa a segurança da ‘lage’ de cobertura da cave de estacionamento da renovada praça – jardim do Rossio, que foi ‘estreada’ durante a festa de passagem de ano, com objetivo de denegrir a maioria em funções.
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Ribau Esteves não deixou passar em claro o assunto na Assembleia Municipal ordinária, que teve a sua última reunião ‘fora de portas’, em Nossa Senhora de Fátima, na altura em que se analisava e discutia a comunicação dos últimos três meses de gestão camarária.
O mote foi a intervenção do vogal do PS Pedro Pires da Rosa a falar da obra do Rossio. Sobre a reformulação viária, o eleito defendeu que “o afunilamento” criado junto ao antigo edifício da Caixa Geral de Depósitos seja desfeito para voltar a ter duas vias e notou a falta de qualidade do parque infantil instalado na zona ajardinada.
O deputado ‘rosa’ referiu-se, ainda, à lage da praça. “Espero eu que tenha capacidade de resistir para grandes eventos, disseram-me que estiveram a fazer um teste na lage, não sei se é verdade. Quero acreditar que sim, que vai aguentar a capacidade de pessoas prevista, era esse um dos grandes objetivo”, lembrou.
A referência a “testes das lages” deixou Ribau Esteves indignado. “Uma coisa é a piada, outra coisa são coisas parvas, de gente importante da terra, de que vamos dizer os nomes um dia destes”, começou por dizer. Para já, identificou-os como “socialistas que têm a mania que sabem mais que outros e até gente ligada aos espectáculos”, que puseram-se “a inventar” testes de carga para ver se a cobertura aguentava a tenda da Festa de São Gonçalinho, causando alarme entre a Mordomia.
“Nem é estupidez, nem burrice. É gente que continua à boa maneira do PS a usar a mentira como instrumento de ação política. isso é triste especialmente para os socialistas que são cada vez mais pequenos e irrelevantes. Não há nada que façam e digam que seja relevante para a vida das pessoas, é disparate em cima da disparate”, acusou o presidente, classificando o que foi posto ‘a correr’ como “uma coisa gravíssima”.
Discurso direto
“Estamos habituados desde que é presidente que tem um hábito que não é agradável, não é a nota mais importante do que é fazer política. Tem uma ideia do que faz, faz muito bem, uma quantidade de pessoas que dizem ámen. Respeitamos as eleições, mas não aceitamos que chegue aqui e generalize o que entende e quer, que somos todos mentirosos, uma cambada que não está aqui a fazer nada, só a empatar o bom desempenho de V. Exa. Temos direito às nossas opiniões. Em política, o respeito é a coisa mais importante. No passado, pessoas do seu partido também fizeram mal, não nos ouve a falar mal deles. O que disse sobre o PS além de não corresponder à verdade, é humilhante e desagradável, fica-lhe mal” – Ana Seiça Neves, porta-voz da bancada do PS na Assembleia Municipal.
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