Roubou idoso à porta de banco para ter dinheiro para a droga

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Tribunal de Aveiro.
Natalim3

“Arrependi-me logo a seguir, não sou destas coisas. Roubei, mas não o empurrei ao chão, não foi um ato de violência”.

Um homem de 44 anos, marítimo de profissão, confessou a autoria do roubo por esticão de que foi vítima um septuagenário quando saía de uma agência bancária na Gafanha da Nazaré, Ílhavo, levando-lhe a carteira com 200 euros em notas e os documentos pessoais.

No início do julgamento, no Tribunal de Aveiro, o arguido pediu desculpa ao homem de 77 anos, mostrando-se disposto a ressarci-lo pelos danos causados. Também aceitou a obrigação de continuar o tratamento à dependência de drogas para beneficiar de uma pena suspensa a que venha a ser condenado.

A única ressalva na confissão do roubo cometido em maio de 2020 diz respeito ao emprego de violência imputada na acusação do Ministério Público.

“Não empurrei o senhor ao chão, passei por ele e puxei a carteira, rasguei o bolso onde estava, não empurrei, ele é que perdeu o equilíbrio”, relatou o arguido, justificando o roubo “porque faltou o dinheiro para a droga”.

Na altura, o acusado passou mais tempo ‘em terra’ do que era habitual, devido à pandemia, que impediu de retomar o trabalho em plataformas petrolíferas, onde passava temporadas de seis semanas, ficando sem salário.

Ao contrário do que diz a acusação, a defesa alegou não se tratou de um crime premeditado. “Não se deslocou ao banco para roubar”, referiu a advogada.

O arguido sujeitou-se já a uma desintoxicação de droga e tem trabalhado regularmente em viagens de cargueiros.

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