Dois irmãos naturais de Aveiro, vendedores ambulantes, atualmente detidos, começaram a ser julgados esta segunda-feira por roubos ocorridos entre fevereiro e maio de 2018 nos concelhos de Aveiro e Ílhavo.
Um dos indivíduos, de 38 anos, que, alegadamente, sofre de problemas psiquiátricos, responde à sua conta por seis assaltos, sendo um na forma tentada.
O segundo, de 34 anos, é acusado apenas de um roubo, ocorrido em maio do ano passado na gasolineira da A25 na Gafanha da Nazaré, Ílhavo, sentido Aveiro – Barra, acompanhado pelo irmão, que conduzia a viatura usada. Estão acusados ainda de falsificação, por utilização de matrícula alterada.
O assaltante que entrou no posto de combustíveis confessou os factos, que justificou pela “situação de vida” à data, nomeadamente “problemas” de consumo de droga de ambos. “Apontei a pistola de ar comprimido que tínhamos em casa há muitos anos e pedi o dinheiro”, assumiu, garantindo que o irmão “não sabia” que ia fazer o roubo.
A quantia tirada da caixa, cerca de 90 euros, foi gasta, segundo explicou o arguido, pouco depois, na compra de cocaína. Seriam detidos na mesma noite, já em casa.
O irmão mais velho está acusado de roubos ocorridos entre fevereiro e maio de 2018. Dois aconteceram nos passadiços da praia da Barra, Ílhavo, de que foram vítimas transeuntes. Sob ameaça da pistola de ar comprido, exigia dinheiro. Numa vez conseguiu 54 euros de um espanhol e na segunda cinco euros tirados a um casal. Atuaria da mesma forma, presumivelmente, numa gelataria na Barra, de onde levou 60 euros. A acusação imputa-lhe ainda dois roubos a taxistas. Num caso conseguiu que lhe fossem entregues 130 euros. O segundo assalto saiu frustrado.
O arguido mais novo assegurou que o irmão é inocente. “Sei que não fez nada disso, depois de ele ter recebido alta do internamento na psiquiatria, em janeiro, eu estava sempre com ele. Os reconhecimentos foram mal feitos. Ele não conseguia cometer esses crimes, passava o dia a dormir”, disse, garantindo ainda que não necessitavam de roubar dinheiro para a droga. Inicialmente recebiam da mãe, vendedora ambulante de comida, “que tinha muito dinheiro em caixa durante a Feira de Março” e depois também chegaram a levantar quantias sem a mesma saber.
(em atualização)