Um homem de 43 anos confessou, esta segunda-feira, no Tribunal de Aveiro a autoria de furtos e roubos, alegando que, à data dos factos, precisava de dinheiro para satisfazer “o consumo desenfreado” de droga. Uma das vítimas foi a própria mãe, septuagenária.
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O arguido, que trabalhou como padeiro, encontra-se detido preventivamente desde maio deste ano, quando foi identificado pela GNR como suspeito de assaltos que estavam a criar sentimento de insegurança na sede de concelho.
Um dos furtos, que ocorreu numa padaria onde chegou a trabalhar, ‘caiu’ por desistência da queixa apresentada pelo lesado, antigo patrão. Assim, estão a ser julgados três furtos (dois dos quais qualificados) e dois roubos.
O arguido responde por um roubo ‘por esticão’ ocorrido na via pública de que foi vítima a própria mãe, de 77 anos, tendo-se apropriado da carteira de senhora, de onde retirou cerca de 420 euros. O autor confesso, que disse manter um mau relacionamento com a progenitora, só ressalvou que não chegou a empurrá-la deliberadamente para provocar a queda. “Desequilibrou-se quando lhe tirava a mala”, explicou. O segundo roubo, também por esticão, aconteceu junto de uma pastelaria, tendo empurrado uma sexagenária para levar a carteira com dinheiro.
Um dos furtos aconteceu no centro de saúde de Albergaria-A-Velha, de onde levou da farmácia 26 saquetas de metadona depois trocadas por droga com um conhecido. Num outro caso, aproveitou a distração da funcionária de uma pastelaria para se apropriar do dinheiro em caixa (cerca de 50 euros). Da acusação, consta, ainda, um assalto, durante a noite, a uma residência, tendo surpreendido a moradora, uma pessoa acamada. O arguido levou consigo peças em ouro avaliadas em 200 euros e dinheiro, que a lesada disse ter sido uma quantia entre 150 e 800 euros. O assaltante garantiu que, além das peças de valor, tirou 190 euros de uma carteira.
“O que fiz foi completamente errada”, assumiu o arguido, afirmando-se arrependido. Quando aos roubos, garantiu que não é “uma pessoa violenta”, mas a dependência do consumo de drogas (cocaína e heroína) fazia-o perder a noção dos seus atos. “Tinha de sair da rua, a prisão está a fazer-me bem, agora estou a tomar metadona e a ser acompanhado”, afirmou, lembrando que não teve resposta quando, ainda em liberdade, pediu para ser internado.
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