O presidente da Câmara de Aveiro usou os reparos vindos do PS no executivo à proposta de Grandes Opções do Plano (GOP) como pretexto para mais um feroz ataque visando Alberto Souto, ex-presidente e voltar a lembrar a herança da “péssima gestão socialista”.
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Na análise aos documentos, Fernando Nogueira, vereador socialista, tinha perspetivado uma ação de “continuidade”, encontrando “muita vontade de futuro”, mas também “uma carga de passado assinalável”. Existem, segundo disse, “algumas ideias políticas que continuam a ter horizontes limitados” e “compromissos plurianuais”, colocando a expetativa de execução “muito baixa”. Uma das razões para o voto contra.
Além disso, “algumas intenções não têm projeto ou financiamento”, como a chamada via panorâmica ou o museu da bienal de cerâmica. Referiu ainda o atraso do canil, agora intermunicipal, que “continua com indefinição de apoio público”.
Na habitação, Fernando Nogueira, para além das divergências quanto ao caminho a seguir, apontou a verba atribuída, de 224 mil euros, notando que Aveiro continua sem sequer elaborar a Estratégica Local de Habitação (ELH).
O eleito deixou reparos ainda às áreas das alterações climáticas, com ações escassas, e da promoção da mobilidade suave, sem rede estruturada.
Ribau Esteves reduziu a intervenção a “um vazio normal socialista”, que “não diz nada”, não deixando de trazer à atualidade a Câmara que “o PS faliu e recuperámos”, tornando-a uma das que “mais conquista fundos, com projetos e obras” com relevância “nacional” na cultura e “das mais inovadoras” do País. O edil acusou o PS de viver amarrado ao passado, não poupando Alberto Souto, que geriu o município dois mandatos (declarações abaixo).
Ribau Esteves rejeita a perspetiva socialista de baixa execução das GOP, lembrando que “um plano tem de ter obras em curso, concurso, projetos e intenções”. Sobre o Centro de Recolha Oficial de Animais, adiantou que o “projeto está prontinho”, mas a CIRA não abdica de financiamento público que está ainda a ser negociado.
Sobre a habitação, mantém que “não há capacidade de projeta e construir” o que o Governo pretende apoiar, reafirmando o caminho alternativa de Aveiro. Terminada a qualificação de Santiago e outros blocos, é incentivado o investimento de privados, a venda de terrenos do município para novos empreendimentos e, também, uma “esperança nova no IHRU para trabalhar em muitas coisas de reabilitação e outros objetivos”.
O presidente esclareceu que a prevenção das alterações climáticas deve ter em conta “grande investimento” em zonas urbanas, nomeadamente nas eclusas e comportas, infraestruturas da antiga lota ou parque urbano das Barrocas.
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