“É uma vitória muito importante, não por um qualquer recorde, mas porque garantimos a São Jacinto uma gestão com qualidade, uma equipa séria e dedicada, que vai fazer, seguramente, um excelente trabalho em equipa saudável com a Câmara de Aveiro”, disse Ribau Esteves no rescaldo da noite eleitoral que deu à ‘Aliança’ um histórico pleno autárquico no concelho destacou a viragem ocorrida na Junta de Freguesia para a população local.
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O autarca acredita que passam a existir condições políticas para alterar o rumo que a Junta tem seguido. “É a certeza que tenho e o ganho que interessa. A estatística, agora termos a maioria absoluta nos 12 orgãos autárquicos do município, é uma nota que registamos com agrado, mas não o mais importante, que o facto de São Jacinto ter dado a si própria uma Junta entrega a gente com qualidade e competência liderada por Arlindo Tavares e que garante esse trabalho de equipa para resolver uma situação grave e difícil e fazer coisas juntas, que é o importante para as pessoas”, afirmou.
Agora a Junta “vai ter de tirar uma fotografia do que existe e partilhar com os cidadãos”, recomendou o edil. Já da parte da Câmara, que suspendeu as transferência de receitas das delegações de competências para não serem penhoradas por credores, “não vai haver nada de novo.
“Há cinco anos que apresentei ao presidente António Aguiar, quando a situação da Junta já era difícil, a perspetiva da Câmara. Não quis saber e, pelo contrário, agravou o problema”, lembrou Ribau Esteves.
Assim, “na primeira reunião de trabalho com Arlindo Tavares”, o autarca irá “reapresentar as ideias” que tem “bem arrumadas” na cabeça “para ajudar”. Seguramente “a Junta sozinha não conseguirá, precisando de todos e a Câmara é um dos agentes principais”.
“Mas não vou mudar a postura que tive com António Aguiar, que não resolveu como agravou o problema. Apenas vai mudar o presidente Arlindo, que vai ter uma postura completamente diferente e transformar a Junta num agente positivo para os cidadãos locais” garantiu Ribau Esteves.
“A gestão do património” da Junta, fazendo-o “rentabilizar”, adianta o autarca, “é seguramente uma das componentes” para ultrapassar os problemas criados por dívidas de centenas de milhar de euros, ainda por contabilizar ao certo.
Discurso direto
“Não é agradável para o PS perder a única freguesia que tinha, aconteceu em circunstâncias difíceis. Apesar de termos um candidato muito bom, era difícil. Foi prometido o paraíso aos cidadãos de São Jacinto, caso votassem na ‘Aliança. Perante uma experiência que avaliaram como negativa, acabaram por optar pela mudança. Devem ter acreditado que com a confiança do presidente da Câmara no candidato à Junta pela ‘Aliança’ será mais fácil aceder a equipamentos e infraestruturas e até uma gestão corrente da Junta, que por via do fim da delegação de competências deixou de ocorrer. Claro que os eleitores desta vez optaram uma aliança com a Câmara Municipal. Para a concelhia do PS, começamos do zero. Há um trabalho para fazer em todas as freguesias e também em S. Jacinto” – Paula Urbano, presidente do PS de Aveiro.
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