O presidente da Câmara de Aveiro confirmou que existe financiamento garantido para a elaboração do projeto de ampliação e qualificação do hospital de Aveiro, com um custo estimado de 5 milhões de euros. A preocupação diz respeito à execução da obra, considerando “um erro absurdo” que não possa ser incluída na ‘bazuca’.
O que está em causa, motivando alertas persistentes, o último dos quais assumido a uma só voz pela Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), é o investimento necessário para pagar a obra, que a autarquia tem apontado para um custo de 180 milhões de euros.
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Na sequência da tomada de posição das autarquias, o PS, através do coordenador dos deputados eleitos por Aveiro na Assembleia da República, Hugo Oliveira, veio assegurar apoio governamental à elaboração do projeto.
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A pretexto dos comunicados mais recentes, deputados do PSD e do CDS na Assembleia Municipal de Aveiro questionaram a Câmara no período antes da ordem do dia da última reunião.
Ribau Esteves explicou que não está em causa a verba necessária para a elaboração do projeto, que o Governo tem guardado “há muito tempo”, através do Orçamento de Estado e fundos europeus. “O problema nunca foi o projeto, os 5 milhões arranja-se, o problema são os 180 milhões de euros. No Orçamento de Estado, não vai haver condição de financiar obras destas”, referiu o edil, justificando, assim, a “luta” para o Governo incluir investimentos na área da saúde nos projetos a financiar pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a chamada ‘bazuca’.
Outro motivo de insatisfação deve-se, segundo lembrou o autarca, com a demora na aprovação dos termos de referência do projeto que se arrastará há dois anos, numa altura em que a edilidade já disponibilizou terreno (antigos armazéns gerais).
Ribau Esteves voltou a alertar para a existência de “muitos interesses e adversários” (geográficos, de classe e sectores empresariais) da ampliação, exteriores à região, deixando um “apelo” aos deputados na Assembleia da República que venham a ser eleitos para intercederem pela pretensão. “Não é uma luta de partidos, mas de todos nós”, disse.
O que “não ajuda nada são os textos ridículos de demagogos de segunda categoria que não ajudam a conseguir esta luta para Aveiro”, criticou o edil numa referência ao comunicado do PS, “uma demagogia vergonhosa’, que atribuiu a interesses eleitoralistas.
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