Passo a passo o concelho vai ficando mais rico e a missão apresentada no primeiro número vai sendo cumprida: criar uma edição que sirva de veículo de inventariação, preservação, valorização e divulgação da História e do Património do Concelho de Albergaria-a-Velha.
Delfim Bismarck Ferreira *
Tempos estranhos estes, que vivemos. O ano de 2020 será lembrado, talvez, como o primeiro de vários, em que o Homem se vê obrigado a adaptar a uma nova realidade, condicionadora, para quem viveu tempos de desenvolvimento económico, social e cultural.
Esta adaptação a um “novo tempo”, também trouxe, e trará, novas formas de vivência e convivência, de introspecção, hábitos, rotinas e preocupações.
Talvez por isso a leitura tenha voltado a ser uma boa aliada de uma vida intelectualmente equilibrada e estimulante, voltando a ser valorizada a História com a qual tanto se aprende.
Assim chegámos ao sétimo número da nossa “Albergue” e, com ele, uma vez mais, a satisfação de mais uma missão cumprida. Manter a periodicidade e a qualidade, conseguindo também manter o aumento gradual do interesse dos leitores, a procura dos investigadores pelas fontes aqui publicadas, mas também o desejo dos autores em verem editados os resultados dos seus trabalhos de investigação, são factores mais do que suficientes para director e editor se sentirem preenchidos.
Passo a passo o concelho vai ficando mais rico e a missão apresentada no primeiro número vai sendo cumprida: criar uma edição que sirva de veículo de inventariação, preservação, valorização e divulgação da História e do Património do Concelho de Albergaria-a-Velha.
Neste sétimo número, trazemos a público um conjunto de artigos diversificados e de grande amplitude cronológica, que vão do século XVI, com um artigo sobre uma casa histórica, passando pela arquitectura, arte sacra, genealogia, tanatologia e por quatro artigos biográficos, qual deles o mais interessante, pois vão de uma afamada curandeira do século XVII a um conceituado advogado do século XX. Pelo meio, temos ainda um artigo sobre um projecto especial dedicado ao património natural.
Todos estes motivos serão, estamos em crer, mais do que suficientes para continuar a agradar aos leitores e contribuir para que todos aqueles que se interessam pela História e Património do Concelho de Albergaria-a-Velha aprofundem os seus conhecimentos, alimentem a sua curiosidade e se tornem mais atentos, mais informados, mais e melhores defensores e fruidores daquele que foi o legado dos nossos antepassados.
De novo, aqui fica o nosso mais sincero agradecimento a todos os autores, historiadores, arqueólogos e investigadores diversos, que colaboram graciosamente nesta publicação, trazendo a público os resultados dos seus mais recentes estudos e investigações.
Para imagem de capa, a escolha recaiu desta vez sobre a Adoração dos Magos, notável pintura do século XVII existente na Igreja Paroquial de Valmaior, desconhecida da grande maioria dos leitores.
A todos aqueles que tornaram possível a concretização deste projecto editorial, desde autarcas a colaboradores e leitores, o nosso muito obrigado.
* Vice-Presidente da Câmara Municipal e editor da revista municipal Albergue. Editorial da edição número 7.