Restauração: Limitações dos horários são contraproducentes

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Praça 14 de Julho, Aveiro.
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Os empresários não podem, não devem e acima de tudo não querem que este tipo de orientações lhes sejam impostas, é uma afronta à forma como estes trabalham onde a antiquíssima regra de respeito pela individualidade do cliente é a base de negócio.

Por Jorge Pinho Silva *

Os nossos empresários e seus clientes têm dado provas, e os números no nosso distrito estão aos olhos de todos, que sabem comportar-se perante o vírus.

Está na hora de os horários voltarem à normalidade e permitir que se comece a viver com regras diferentes.

As limitações dos horários neste momento são contraproducentes, porque com o aumento diário e nítido da procura que logicamente provoca pressão sobre a oferta disponível, criando inevit

avelmente aglomerações de clientes às portas dos estabelecimentos comerciais para serem atendidos.

Para tornar a coisa ainda mais complicada e absurda, são esta novas regras emitidas pela Direção-Geral da Saúde que não permite a partilha da mesma mesa a pessoas que não sejam da mesma família.

Esta nova orientação recomenda que às pessoas que coabitam que se sentem “frente a frente ou lado a lado a uma distância inferior a 2 metros”, tanto no interior como nas esplanadas.

Assim, “a disposição das cadeiras e mesas no interior e exterior do estabelecimento deve ser garantida uma distância de, pelo menos, 2 metros entre as pessoas não coabitantes e, no corredor, entre mesas, uma distância de, pelo menos, 2 metros” dentro dos restaurantes. Nas esplanadas, a distância é de 1,5 metros, perceberam? Eu não.

Os empresários não podem, não devem e acima de tudo não querem que este tipo de orientações lhes sejam impostas, é uma afronta à forma como estes trabalham onde a antiquíssima regra de respeito pela individualidade do cliente é a base de negócio, quem somos nós para andar a perguntar: olhe, desculpe menina vive com o cavalheiro é que se só forem namorados têm de sentar em mesas separadas, mas não se preocupem nós mantemos as velas nas mesas. A sério!

Desliguem, por favor, os complicómetro.

* Presidente da Associação Comercial do Distrito de Aveiro. Artigo originalmente publicado no site www.acaveiro.pt.

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